quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mst reivindica punição para assassinos de trabalhadores do campo!





Aproximadamente 1500 trabalhadores rurais - ligados ao Movimento Sem Terra (MST) estão acampados, desde as primeiras horas desta quinta-feira, 27, na Praça Sinimbu, em Maceió. Além desta justa ocupação pacífica, está agenda, de acordo com os coordenadores do movimento, uma série de mobilizações contra a violência e a impunidade da infinidade de crimes do latifúndio contra integrantes do movimento.


Dos militantes assassinados na luta pela reforma agrária no Estado de Alagoas, e que estão sendo lembradas nesta ocasião, o Movimento destaca os guerreiros Jaelson Melquíades, ex-dirigente do MST, na região de Atalaia, assassinado há quase três anos, Luciano Alves, José Elenilson e Chico do Sindicato, cujos assassinos nunca foram condenados, nítido reflexo do desmando e do coronelismo que ainda imperam em nosso Estado.


No sábado, dia 29, haverá mobilização no município de Atalaia, com a realização de uma missa em memória aos que morreram no combate por justiça, paz, pão e TERRA.


Toda solidariedade da União da Juventude Comunista a mais essa luta!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poesia da semana

Aborto

Lindo grão de vida
Repelido numa descarga
Chove no deserto da alma
Das que fazem o ventre de túmulo

Choros perturbam teu sono
Matar o que não se pode criar
Despedidas com direito a álcool e fumo
E a criança ainda assim chora

Roupinhas e lenços te fazem pensar
Mais a profissão te obriga a tirar
No fundo uma voz inocente que fala:
Mamãe deixe-me viver!

Autor: Gilnes Lima

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PARTIDO COMUNISTA DOS EUA SE FORTALE!




Diante da crise que assola o capitalismo, os membros do Partido Comunista americano (CPUSA) registam uma procura crescente pelas teses Marxistas/Leninistas. Uma reportagem da Agência France Press conferiu a movimentação junto ao número 235w da rua 23 no bairro de Chelsea em Nova York , é lá que fica a sede dos comunistas dos Estados Unidos.Longe de querer "brincar sózinhos" os comunistas americanos querem construir a base mais ampla possível, com os movimentos de mulheres, estudantes, sindicatos, para derrotar a direita. " Acreditamos que o momento chegou" declara Libero Della Piana, presidente do Partido em Nova York. A crise mostrou-nos que o mercado não se regula sozinho e ao deixar que isso acontecesse, o governo enlouqueceu a máquina de dar créditos baseados numa fantasia.
Postado por Cidadão do Mundo no blog: Equador do Norte

poesia da semana

Ser comunista

É uma flor
De pureza e incêndio
Que jamais fecha os olhos
Para as injustiças do mundo

O arquiteto
Da nova sociedade
Do amor e do respeito mútuo
Sempre em luta constante

Um pássaro livre
De toda alienação capital
Elemento consciente de sua classe
Agente transformador da humanidade

autor:Gilnes Lima

sábado, 15 de novembro de 2008

PM ameaça trabalhadores e interfere em direito de greve





Os mais de quatro mil trabalhadores e trabalhadoras da Johnson foram alvo da selvageria da Polícia Militar na madrugada desta terça-feira 11 de novembro, às 6h. Os funcionários da empresa estão em greve desde a última quinta-feira por aumento salarial, contra a demissão ilegal de três dirigentes sindicais e o pela revisão do plano de cargos e salários, que rebaixa o piso salarial da categoria em 40%. Ontem, a empresa tentou uma liminar para interferir na greve, mas a Justiça do Trabalho negou. Hoje, para a surpresa de todos, a Polícia Militar cercou os ônibus da empresa e forçou a entrada dos trabalhadores na fábrica. Isso sem nenhuma autorização judicial e interferindo à força no constitucional direito de greve.A selvageria da PM foi tamanha que muitos motoristas dos ônibus foram obrigados a atravessar o canteiro que divide as pistas laterais da empresa e avançar sobre o piquete de greve para entrar pela portaria 2 do Jardim das Indústrias.O ato descabido contou com um forte aparato de repressão: gás de pimenta, motocicletas avançando em cima dos trabalhadores em greve, tiros de borracha, gás de pimenta e muita truculência. A PM massacrou o direito de greve e feriu vários trabalhadores com empurrões, golpes de cacetete, tapas. O sindicalista Wellington Cabral foi preso durante o confronto sob a acusação de direção perigosa.Ontem, os trabalhadores já estavam sendo coagidos pela empresa por meio de assédio moral absurdo. A madrasta Johnson ameaça de demissão os grevistas, que reivindicam apenas o que lhe cabe: aumento salarial e preservação dos direitos.Não é de hoje que a repressão policial interfere no direito de greve e na livre organização sindical dos trabalhadores. Contudo, nunca se viu uma polícia tão servil aos interesses empresariais.
Vale ressaltar: não existe nenhuma ordem judicial para interferir no direito de greve, muito menos para agredir trabalhadores a socos, tiros, tapas. Esse é o papel desempenhado pela polícia na Ditadura, mas não se pode esperar isso de uma sociedade dita democrática, em que os trabalhadores são livres para se organizarem.Apesar da atrocidade da PM, a greve continua. Muitos trabalhadores foram obrigados a entrar à força para trabalhar, mas muitos conseguiram escapar do cerco policial e participar da assembléia, que é realizada com todos os turnos de entrada.O episódio revela mais uma vez a relação promíscua entre a PM e o poder econômico. A PM não agiu conforme a lei, agiu conforme os interesses da Johnson. A selvageria se repetiu na entrada do turno administrativo, às 8h. A PM espancou trabalhadores que tentavam realizar a assembléia e obrigou muitos a entrarem na marra. Alguns trabalhadores que não usam o ônibus ainda foram coagidos pela PM na portaria da empresa a interromperem a greve.Para todos os efeitos legais e morais, a greve continua por tempo indeterminado. Agora o departamento jurídico do Sindicato dos Químicos vai tomar as devidas providências. O confronto pode se repetir na entrada do segundo turno, às 13h30. Enquanto isso, o piquete de greve continua e a luta da classe trabalhadora também.

SINDICATO DOS QUÍMICOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃO
O Sindicato dos Químicos solicita que todos os sindicatos combativos e de luta enviem à Johnson, a FIESP uma moção de repúdio às ações da Johnson e ao aparato de repressão policial. Solicitamos também o encaminhamento de uma cópia ao Sindicato como solidariedade de classe. Essa luta é de todos nós!


INTERSINDICAL - Instrumento de Luta e Organização da classe trabalhadora

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Obama foi eleito para defender os interesses dos EUA!


Após oito anos de domínio republicano, o povo norte-americano realizou um feito inédito: elegeu pela primeira em sua história um presidente negro, filho de pai africano e nascido fora do território continental dos Estados Unidos. Trata-se de um fato realmente histórico, levando-se em consideração que até meio século atrás o racismo era praticado nos Estados Unidos de modo muito semelhante ao que era realizado na África do Sul. Portanto, a eleição de Obama contém um simbolismo especial e representa um enorme desejo de mudanças por parte do povo dos Estados Unidos.


Nesse sentido, é natural que a eleição de um presidente negro num país racista desperte simpatia em todo o mundo. Nos Estados Unidos, com a possibilidade de derrotar o setor mais reacionário, belicista e parasitário do País, a eleição despertou enormes contingentes para a política e uma mobilização expressiva, especialmente dos jovens. O comparecimento às urnas, que variava desde a década de 70 até a última eleição entre 49% e 56%, desta vez aumentou para 64,1%, o maior índice de todos os tempos na história norte-americana. Era visível na população o desejo de mudança, mas também era claro que o sistema precisava de algo diferente para se legitimar, especialmente nestes tempos de crise.


Em todo o mundo, a grande maioria da opinião pública mundial, inclusive parte da esquerda, imagina que o novo presidente norte-americano representa uma mudança efetiva para os Estados Unidos e o mundo, fato que é estimulado pela euforia da mídia. Não está aqui em jogo a figura pessoal de Barack Obama ou suas convicções: o que as pessoas não devem se esquecer é que Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos para defender os interesses norte-americanos, é parte da institucionalidade bipartidária e do sistema imperial do grande capital e não terá liberdade para se contrapor aos interesses desse sistema.


Poderá realizar algumas mudanças tópicas internas; afinal, não é preciso fazer grande coisa para se diferenciar de um governo tão desastroso como o de Bush. Mas Obama manterá a essência do sistema imperialista. Vale lembrar que Obama fez a campanha mais cara da história dos EUA, gastando US$ 650 milhões, teve o apoio maciço das grandes corporações e da grande mídia norte-americana, sem o que não poderia ter arrecadado tanto dinheiro. Não terá liberdade para realizar um programa de mudanças e, com certeza, passada a euforia inicial, virá a decepção para o povo norte-americano e para todos os que hoje reproduzem a euforia da mídia.


É necessário enfatizar ainda que o staff da campanha do novo presidente é composto pela fina flor do sionismo e do capital financeiro, inclusive estes últimos responsáveis pela implantação das políticas monetaristas e neoliberais no passado, tais como Paul Volcker, ex-presidente do FED, nos anos Carter e Reagan; Jamie Dimon, presidente do Banco de Investimentos J. P. Morgan; Timothy Geithner, ex-gerente do FMI e presidente do FED de Nova York; Laurence Summers e Robert Rubin, ex-secretários do Tesouro de Clinton e, especialmente, Warren Buffett, o maior especulador do cassino financeiro mundial em bancarrota e Rahn Emanuel, futuro chefe da Casa Civil e sionista fundamentalista, que serviu no Exército e na Inteligência de Israel.


Só os ingênuos poderiam acreditar que com gente desse naipe haverá mudanças de fundo nos Estados e no mundo. Vale lembrar ainda que a cor da pessoa não quer dizer nada, em termos políticos. A principal figura do governo Bush é negra e ultradireitista, Condolezza Rice. Quem comandou a invasão ao Iraque e mentiu sobre as armas de destruição em massa era também um negro, o secretário de Defesa Colin Powell, que por sinal apoiou Obama nestas eleições. Além disso, a burguesia que explora os trabalhadores na África é quase toda negra. Portanto, não é a cor da pele ou a etnia que definem a posição política das pessoas.


O PCB acredita que não é hora de vender ilusões para os trabalhadores ou tentar mascarar a realidade: Obama não vai realizar um governo com os sindicatos, os movimentos sociais, com os negros, os latino-americanos ou com os oprimidos em geral. Ele foi eleito em circunstâncias muito especiais, quando o sistema necessitava de um político que desse a impressão de um capitalismo com rosto humano. Mas será obrigado a defender essencialmente os interesses do sistema que o elegeu. Deverá cumprir papel semelhante ao que o líder operário Lula está cumprindo no Brasil. Aliás, é importante para o sistema ter alguém, neste momento, com capacidade de conter a indignação popular e o movimento de massas que vai emergir da crise, uma vez que os republicanos estavam completamente desmoralizados.


O novo presidente dos Estados Unidos deverá seguir com a mesma postura que caracterizou o seu mandato como senador. O próprio programa eleitoral de Obama não se difere substancialmente dos republicanos, não apresenta propostas no sentido de uma reestruturação da economia norte-americana para servir ao povo. Em seus discursos, Obama sempre procurou se colocar acima das classes; sua bandeira é a "América" e todos os valores que vêm com ela. Para os ingênuos, nunca é tarde lembrar que o novo presidente norte-americano representa o negro da classe média integrado ao sistema, muito longe das tradições de um Malcom X ou Luther King.


Por último, vale lembrar que a condição de democrata não significa um mundo de paz para a comunidade internacional. A tradição democrata é belicista, desde Woodrow Wilson, que invadiu o México, Panamá, República Dominicana e Haiti. Truman lançou as bombas atômicas contra Hiroshima e Nagasaki e Kennedy invadiu Cuba. Lyndon Johnson ampliou a guerra do Vietnã, invadiu o Cambodja e o Laos. Bill Clinton, apesar de fazer o estilo simpático, fez a primeira invasão do Iraque e o próprio Obama apoiou a fascista "Lei Patriótica" do governo Bush. Todas essas atrocidades foram cometidas nos períodos de governos democratas. Quem garante que Obama não seguirá o mesmo caminho?


Para os comunistas, Obama venceu as eleições com expressiva votação, mas os trabalhadores dos Estados Unidos, representados pelos brancos, negros, latinos, asiáticos terão que lutar muito para conquistar suas reivindicações, pois as estruturas do sistema de poder continuarão brecando qualquer mudança de fundo na sociedade estadunidense. E os povos do mundo terão que continuar resistindo à agressividade do imperialismo, que pode inclusive recrudescer, com a crise do capitalismo.

PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poesia da semana

Meu caminho para Marx

Da razão do mundo
Ao mundo sem razão
Cresce violência
Natalidade baixa
Homem lobo do homem
Do poder para o poder
Novas armas químicas
Capitalismo vende
Guerra entre nações
A dor que mata
Alimenta-se do egoísmo
Juventude que desperta
Espectro da luta armada
ânsia dum mundo novo desejo de mudar

Autor: Gilnes Lima

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

04 de Novembro: Carlos Marighella vive!




Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Era filho de imigrante italiano com uma negra descendente dos haussás, conhecidos pela combatividade nas sublevações contra a escravidão.

De origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo.


Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância política, interrompendo os estudos universitários no 3o ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de Janeiro.


Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto Müller. Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela “macedada” – nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação -- deixou o exemplo de uma tenacidade impressionante.



Transferindo-se para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas.

Voltaria aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando a fornecer qualquer informação à polícia. Na CPI que investigaria os crimes do Estado Novo o médico Dr. Nilo Rodrigues deporia que, com referência a Marighella, nunca vira tamanha resistência a maus tratos nem tanta bravura.


Recolhido aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação cultural e política dos companheiros de cadeia.


Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Deposto o ditador Vargas e convocadas eleições gerais, foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia. Seria apontado como um dos mais aguerridos parlamentares de todas as bancadas, proferindo, em menos de dois anos, cerca de duzentos discursos em que tomou, invariavelmente, a defesa das aspirações operárias, denunciando as péssimas condições de vida do povo brasileiro e a crescente penetração imperialista no país.


Com o mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra o comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato.


Nos anos 50, exercendo novamente a militância em São Paulo, tomaria parte ativa nas lutas populares do período, em defesa do monopólio estatal do petróleo e contra o envio de soldados brasileiros à Coréia e a desnacionalização da economia. Cada vez mais, Carlos Marighella voltaria suas reflexões em direção do problema agrário, redigindo, em 1958, o ensaio “Alguns aspectos da renda da terra no Brasil”, o primeiro de uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969. Nesta fase visitaria a China Popular e a União Soviética, e anos depois, conheceria Cuba. Em suas viagens pôde examinar de perto as experiências revolucionárias vitoriosas daqueles países.


Após o golpe militar de 1964, Marighella foi localizado por agentes do DOPS carioca em 9 de maio num cinema do bairro da Tijuca. Enfrentou os policiais que o cercavam com socos e gritos de “Abaixo a ditadura militar fascista” e “Viva a democracia”, recebendo um tiro a queima-roupa no peito. Descrevendo o episódio no livro “Por que resisti à prisão”, ele afirmaria: “Minha força vinha mesmo era da convicção política, da certeza (...) de que a liberdade não se defende senão resistindo”.


Repetindo a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1o de abril. Conseguiu, com isso, catalisar um movimento de solidariedade que forçou os militares a aceitar um habeas-corpus e sua libertação imediata. Desse momento em diante, intensificou o combate à ditadura utilizando todos os meios de luta na tentativa de impedir a consolidação de um regime ilegal e ilegítimo. Mas, mantendo o país sob terror policial, o governo sufocou os sindicatos e suspendeu as garantias constitucionais dos cidadãos, enquanto estrangulava o parlamento. Na ocasião, Carlos Marighella aprofundou as divergências com o Partido Comunista, criticando seu imobilismo.


Em dezembro de 1966, em carta à Comissão Executiva do PCB, requereu seu desligamento da mesma, explicitando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político e burocrático convencional que, segundo entendia, imperava na liderança. E quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN – Ação Libertadora Nacional para, de armas em punho, enfrentar a ditadura.


O endurecimento do regime militar, a partir do final de 1968, culminou numa repressão sem precedentes. Marighella passou a ser apontado como Inimigo Público Número Um, transformando-se em alvo de uma caçada que envolveu, a nível nacional, toda a estrutura da polícia política.


Na noite de 4 de novembro de 1969 – há exatos 30 anos -- surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, Carlos Marighella tombou varado pelas balas dos agentes do DOPS sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.


Resumo biográfico1911 - No dia 5 de dezembro, Carlos Marighella nasce na Rua do Desterro número 9, na cidade de São Salvador, Estado da Bahia. Seus pais são o casal Maria Rita do Nascimento, negra e filha de escravos, e o imigrante italiano, o operário Augusto Marighella. Carlos teve sete irmãos e irmãs.1929 - Marighella começa a cursar engenharia civil na antiga Escola Politécnica da Bahia, depois de haver estudado no Ginásio da Bahia, hoje Colégio Central. Numa e noutra escola, destaca-se como aluno, pela alegria e criatividade. São famosas suas diversas provas em versos.1932 - Ingressa na Juventude Comunista.



O Partido Comunista havia sido criado em 1922. Com a revolução de 30 uma grande efervescência política varria o Brasil. Marighella participa de manifestações contra o regime autoritário e o interventor Juracy Magalhães. Inconformado com versos de Marighella que o ridicularizavam, Juracy manda prendê-lo e espancá-lo.1936 - Abandona o curso de engenharia e vai para São Paulo a mando da direção, reorganizar o Partido Comunista, que havia sido gravemente reprimido após o levange de 1935. É, porém, novamente preso e torturado durante 23 dias pela Polícia Especial de Felinto Muller.1937 - Marighella é libertado pela anistia assinada pelo ministro Macedo Soares e, quatro meses depois, Getúlio dá o golpe e instaura o Estado Novo. Na clandestinidade, Marighella é encarregado da difícil tarefa de combater as tendências internas dissidentes da linha oficial do PCB em São Paulo.1939 - Preso pela terceira vez, é confinado em Fernando de Noronha. Na cadeia, os revolucionários presos organizam uma universidade popular e Marighella dá aulas de matemática e filosofia.



1942 - Os presos políticos vão para a Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro, porque Fernando de Noronha passa a ser usada como base de apoio das operações militares dos aliados no Atlântico Sul.1943 - Na Conferência da Mantiqueira, Marighella, mesmo preso, é eleito para o Comitê Central. O Partido Comunista adota linha de apoio ao governo Vargas em razão da entrada do Brasil na guerra, posição de que ele discorda, embora a cumpra, por dever de militância.1945 - Anistia, em abril, devolve à liberdade os presos políticos. Com a vitória das forças antifascistas, o PCB vai à legalidade e participa da eleição para a Constituinte. Marighella é eleito como um dos deputados constituintes mais votados da bancada..1946 - Apesar do apoio de Prestes, o general Dutra, eleito Presidente da República, desencadeia repressão aos comunistas. Marighella participa ativamente da Constituinte com um dos redatores do organismo parlamentar. Conhece Clara Charf.1947 -Ainda no primeiro semestre é fechada a União da Juventude Comunista. Depois, é o próprio Partido que é posto na ilegalidade. Marighela coordena a edição da revista teórica do PCB, Problemas e vive um relacionamento com dona Elza Sento Sé, que resulta no nascimento, em maio de 1948, de seu filho Carlos. 1948 - No início do ano são cassados os mandatos dos parlamentares comunistas. Marighella volta à clandestinidade. Data desse ano seu romance com Clara Charf, sua companheira até o fim da vida.1949/1954 - Em São Paulo, Marighella cuida da ação sindical do PCB. Sob sua direção o PC se vincula aos operários, participa da campanha "O Petróleo é nosso" e organiza a greve geral conhecida como "dos cem mil" em 1953. Considerado esquerdista pela direção do Partido, é mandado em viagem à China. Lá é internado em razão de uma pneumonia. Depois, vai à União Soviética e volta ao Brasil em 1954.1955 - A morte de Getúlio Vargas e o início do governo de Juscelino Kubistchek permitem que os comunistas, embora na ilegalidade, atuem de modo mais visível.1956/1959 - O XX Congresso do PC da União Soviética inicia a desestalinização. O PCB adota a linha da "coexistência pacífica" pregada pela União Soviética. A vitória da Revolução Cubana, porém, contraria frontalmente as posições do movimento comunista internacional.1960/1964 - A renúncia de Jânio gera uma crise política. Jango toma posse e Marighella passa a divergir da linha oficial do PC, principalmente de sua política de moderação e subordinação à burguesia. Em 1962, divisão do PC dá origem ao Partido Comunista do Brasil - PC do B.1964 - Com o golpe de abril, instaura-se a ditadura militar. Perseguido pela polícia, Marighella entra num cinema do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, e lá resiste aos policiais até ser diversas vezes baleado, espancado e finalmente preso. Sua resistência transformou sua prisão em um ato político que teve repercussão nacional. É solto depois de 80 dias, depois de um habeas corpus pedido pelo advogado Sobral Pinto.1965 - Escreve e publica o livro "Por que resisti à prisão", em que aponta sua opção por organizar a resistência dos trabalhadores brasileiros contra a ditadura e pela libertação nacional e o socialismo.1966 - Publica "A Crise Brasileira", onde aprofunda suas posições críticas à linha do PCB, prega a adoção da luta armada contra a ditadura, fundada na aliança dos operários com os camponeses.1967 - Na Conferência Estadual de São Paulo as idéias de Marighella saem vitoriosas por ampla maioria - 33 a 3 -, apesar da participação pessoal e contrária de Luiz Carlos Prestes. Vendo que a derrota no VI Congresso era iminente, Prestes inicia um processo de intervenções nos Estados, para impedir a participação de delegados ligados à corrente de esquerda. Marighella viaja a Cuba para participar da conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade-OLAS. O PCB envia telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão. Disso resulta uma carta dele rompendo com o Comitê Central do PCB e afirmando que ninguém precisa pedir licença para praticar atos revolucionários. Como represália, é expulso do Partido Comunista. Retorna ao Brasil e funda a Ação Libertadora Nacional-ALN e dá início à luta armada contra a ditadura militar.1968 - Marighella participa diretamente de diversas ações armadas recuperando fundos para a construção da ALN. No primeiro de maio, em São Paulo, os operários tomam o palanque de assalto, expulsam o governador Sodrée realizam comemorações combativas do dia internacional dos trabalhadores. O Movimento estudantil toma conta das ruas em manifestações contra a ditadura que chegaram a mobilizar cem mil pessoas. Em outubro, porém, o Congresso da UNE é descoberto pela polícia e os estudantes sofrem grave derrota. Também no final do ano, torna-se conhecido o fato de que Marighella comandava parte das ações guerrilheiras.1969 - No início do ano, a descoberta de planos da Vanguarda Popular Revolucionária - VPR pela polícia antecipa a saída do capitão Carlos Lamarca de um quartel do exército em Osasco, levando um caminhão carregado com armamento para a guerrilha. Em setembro o embaixador norte-americano é feito prisioneiro por um destacamento unificado com integrantes da ALN e do MR-8 e trocado por quinze presos políticos. No dia 4 de novembro, às oito horas da noite, Carlos Marighella caiu numa emboscada armada pelos inimigos do povo brasileiro em frente ao número 800 da alameda Casa Branca, em São Paulo, e foi assassinado. Sua organização, a ALN sobreviveu até 1974.

Crise mundial: o enterro do capitalismo


O mês de outubro, foi o mais assustador para os ditos proletários americanos, pois presenciam uma crise onde a criatura já devora o seu criador de forma a se constatar pelos jornais oficiais deste país império das nações exploradas. 240 mil americanos foram demitidos em outubro deste ano.
Este é o anuncio do funeral econômico que se prepara para jogar no olho da rua, mais um terço do proletariado americano.
É um ótimo momento para as nações se levantarem contra a opressão econômica e darem um fim a esta submissão que só tende a favorecer os senhores da guerra que se auto-denominam os donos do mundo.

“Nações oprimidas do mundo, uni-vos contra o monstro do norte!”

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Programa de TV da UJC de Alagoas!

Para os camaradas que ainda não assistiram, abaixo segue o link do programa da UJC usado durante as eleições para impulsionar o voto de legenda:

http://es.youtube.com/watch?v=M0mv5RmPtho