quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

''Jejuo também por democracia real'' D. Cappio

O bispo Luíz Flávio Cappio completou na manhã de hoje (12/12), 15 dias de jejum em sinal de protesto a transposição do rio São Francisco. Apesar da liminar concedida pela justiça federal suspendendo as obras, o bispo declarou que não irá encerrar a greve de fome iniciada dia 27/11.

"Ainda não estamos no fim. Foi um grande sinal de esperança, mas ainda não estamos no final da nossa luta (...) Fomos presenteados com a chegada da liminar, mas, evidentemente, o governo vai recorrer. Ainda mantenho o meu jejum", afirmou o bispo.


Abaixo, segue um artigo de D. Cappio para a folha de São Paulo:


LUIZ FLÁVIO CAPPIO

Acusam-me de inimigo da democracia por estar em jejum e oração combatendo um projeto autoritário e falacioso: o da transposição

ACUSAM-ME de inimigo da democracia por estar em jejum e oração combatendo um projeto do governo federal autoritário, falacioso e retrógrado, que é o da transposição de águas do rio São Francisco.

Meu gesto não é imposição voluntarista de um indivíduo. Fosse isso, não teria os apoios numerosos, diversificados e crescentes que tem tido de representantes de amplos setores da sociedade, inclusive do próprio PT. Vivêssemos uma democracia republicana, real e substantiva, não teria que fazer o que estou fazendo.

Um dos mais graves males da "democracia" no Brasil é achar que o mandato dado pelas urnas confere um poder ilimitado, aval para um total descompromisso com o discurso de campanha, senha para o vale-tudo, para mais poder e muito mais riquezas. Tráficos de influências, desvios do erário, porcentagens em obras públicas e mensalões são práticas tradicionais na política brasileira, infelizmente, pelo visto, ainda longe de acabar. A sociedade está enojada e precisa se levantar. Há políticos -e, infelizmente, não são poucos- que, por onde passaram na vida pública, deixaram um rastro de desmandos, corrupção, enriquecimento ilícito etc. Como ainda funcionam o clientelismo eleitoral, a mitificação de personagens, as falsas promessas de campanha, o "toma-lá-dá-cá" e mais deseducação que educação política do povo, esses políticos conseguem se reeleger e galgar posições de alto poder em governos, quaisquer que sejam as siglas e as alianças.

Na campanha do candidato Lula, o tema crucial da transposição era evitado o máximo possível. Mas as campanhas eleitorais, à base do marketing e das verbas de "caixa dois" das empresas, são tidas e havidas como grandes manifestações do vigor de nossa democracia, que, com urnas eletrônicas, dá exemplo até aos EUA...

O projeto de transposição não é democrático, porque não democratiza o acesso à água para as pessoas que passam sede na região semi-árida, distante ou perto do rio São Francisco.

O governo mente quando diz que vai levar água para 12 milhões de sedentos. É um projeto que pretende usar dinheiro público para favorecer empreiteiras, privatizar e concentrar nas mãos dos poucos de sempre as águas do Nordeste, dos grandes açudes, somadas às do rio São Francisco.

A transposição não tem nada a ver com a seca. Tanto que os canais do eixo norte, por onde correriam 71% dos volumes transpostos, passariam longe dos sertões menos chuvosos e das áreas de mais elevado risco hídrico. E 87% dessas águas seriam para atividades econômicas altamente consumidoras de água, como a fruticultura irrigada, a criação de camarão e a siderurgia, voltadas para a exportação e com seríssimos impactos ambientais e sociais.

Esses números são dos EIAs-Rima (Estudos de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente), públicos por lei, já que, na internet, o governo só colocou peças publicitárias.

O projeto de transposição é ilegal e vem sendo conduzido de forma arbitrária e autoritária: os estudos de impacto são incompletos, o processo de licenciamento ambiental foi viciado, áreas indígenas são afetadas e o Congresso Nacional não foi consultado como prevê a Constituição. Há 14 ações que comprovam ilegalidades e irregularidades ainda não julgadas pelo Supremo Tribunal Federal. Mas o governo colocou o Exército para as obras iniciais, abusando do papel das Forças Armadas, militarizando a região. A decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, de Brasília, em 10/12 deste ano, obrigando a suspensão das obras, é mais uma evidência disso.

O mais revoltante, porque chega a ser cruel, é que o governo insiste em chantagear a opinião pública, em especial a dos Estados pretensos beneficiários, com promessas de água farta e fácil, escondendo quem são os verdadeiros destinatários, os detalhes do funcionamento, os custos e os mecanismos de cobrança pelos quais os pequenos usos subsidiariam os grandes, como já acontece com a energia elétrica. Os destinos da transposição os EIAs/Rima esclarecem: 70% para irrigação, 26% para uso industrial, 4% para população difusa.

Temos um projeto muito maior. Queremos água para 44 milhões de pessoas no semi-árido. Para nove Estados, não apenas quatro. Para 1.356 municípios, não apenas 397. Tudo pela metade do preço previsto no PAC para a transposição.

O Atlas Nordeste da ANA (Agência Nacional de Águas) e as iniciativas da ASA (Articulação do Semi-Árido) são muito mais abrangentes, têm prioridade no abastecimento humano e utilizam as águas abundantes e suficientes do semi-árido. Fui chamado de fundamentalista e inimigo da democracia porque provoquei que o povo se levantasse e, disso, os "democratas" que me acusam têm medo. Por que não se assume a verdade sobre o projeto e se discute qual a melhor obra, qual o caminho do verdadeiro desenvolvimento do semi-árido? É nisso que consiste a nossa luta e a verdadeira democracia.

--------------------------------------------------------------------------------DOM FREI LUIZ FLÁVIO CAPPIO, 61, é bispo diocesano da cidade de Barra (BA) e autor do livro "Rio São Francisco, uma Caminhada entre Vida e Morte".

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

UFAL pública e gratuita? que nada!!!

Carta feita por um estudante do cursinho promovido pelo proex/ufal, informando seu desapontamento e impotência de nossa constituição federal em relação aqueles que mandam e desmandam, chegando muitas vezes a interferir na existência e formação profisional de muitos jovens carentes que vivem nas periferias de nosso país.



Exm°.procuradora regional dos direitos do cidadão

Dr° Niedja Gorete de Almeida Rocha Kaspary

Eu, Gilnes lima da silva, estudante do cursinho promovido pelo proex/ufal, venho respeitosamente declarar a vossa senhoria, que mesmo com todos os esforços movidos pelos estudantes carentes do dito cursinho preparatório, este ano mais uma vez não poderei prestar vestibular, tendo em vista o mesmo motivo pelo qual outros companheiros também não irão.

Os 50% acatados pela pró-reitoria de extenção, afasta-se muito de minha realidade financeira, bem como, não é justo que um pró reitor, que tendo um salário superior a mais de 15 (quinze) salários mínimos (no exercício de seu trabalho), venha a se colocar diante de minha pessoa, se referindo que : “nada gratuito tem valor” e que “não tem culpa por eu ter nascido pobre”. E ainda por cima eu ter que tolerar suas ridículas ameaças de morte (se eu teria seguro de vida?).

São situações como estas, que propositalmente excluem centenas de jovens que assim como eu, não dispõem de recursos para ingressar numa universidade pública, gratuita e de qualidade, mesmo que nossa constituição federal se faça valer em poucos casos.

Deixo aqui meu sincero respeito.

Maceió 21 de outubro de 2007

Gilnes lima da silva

Estudante proex/ufal

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

UJC - 80 anos!

A ujc (união da juventude comunista/orgão oficial do partido comunista brasileiro) é
uma organização de vanguarda da classe trabalhadora, que se baseando no princípio marxista-leninista e dentro da realidade conjuntural de nosso país, tem como finalidade, trabalhar a consciência das massas desprovidas de suas nescessidades básicas e sem consciência de classe, tendo em vista, o fato que grande parte dos jovens brasileiros não dispõem de educação, saúde, lazer, dignas condições de trabalho, etc. Em fim, que futuro esperar para nossos jovens diante desse sistema que divide os homens???

Nossa proposta de futuro é a emancipação do povo, que se dará por meio da revolução socialista acabando com a exploração do homem pelo homem. Fundada em 1º de agosto de 1927, a ujc vive e luta: pelo livre acesso a universidade (fim do vestibular), pelo passe livre estudantil e muitas outras garantias que este governo neo-liberal de lula e seu partido dos traidores, incluindo sua central única dos traidores (cut) nos rouba!

Ingresse na ujc!

"As tantas rosas que os poderosos matem, jamais conseguiram deter a primavera"...





quarta-feira, 10 de outubro de 2007

TROPA DE ELITE: A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA!


(Ivan Pinheiro)

"Homem de preto.
Qual é sua missão?
É invadir favela
E deixar corpo no chão"
(refrão do BOPE)

Não vá cair no papo furado de que "Tropa de Elite" é "arte pura" ou "obra aberta". Um filme sobre questões sociais não podia ser neutro. Trata-se de uma obra de arte objetivamente ideológica, de caráter fascista, que serve à criminalização e ao extermínio da pobreza. É possível até que os diretores subjetivamente não quisessem este resultado, mas apenas ganhar dinheiro, prestígio e, quem sabe, um Oscar. Vão jurar o resto da vida que não são de direita. Aliás, você conhece alguém no Brasil, ainda mais na área cultural, que se diga de direita?

Como acredito mais em conspirações do que no acaso, não descarto a hipótese de o filme ter sido encomendado por setores conservadores. Estou curioso para saber quais foram os mecenas desta caríssima produção, que certamente foi financiada por incentivos fiscais.

O filme tem objetivos diferentes, para públicos diferentes. Para os proletários das comunidades carentes, o objetivo é botar mais medo ainda na "caveira" (o BOPE, os "homens de preto"). O vazamento escancarado das cópias piratas talvez seja, além de uma estratégia de marketing, parte de uma campanha ideológica. A pirataria é a única maneira de o filme ser visto pelos que não podem pagar os caros ingressos dos cinemas. Aliás, que cinemas? Não existe mais um cinema nos subúrbios, a não ser em shopping, que não é lugar de pobre freqüentar, até porque se sente excluído e discriminado.

No filme, os "caveiras" são invencíveis e imortais. O único que morre é porque "deu mole". Cometeu o erro de ir ao morro à paisana, para levar óculos para um menino pobre, em nome de um colega de tropa que estava identificado na área como policial. Resumo: foi fazer uma boa ação e acabou assassinado pelos bandidos.

Para as classes médias e altas, o objetivo do filme é conquistar mais simpatia para o BOPE, na luta dos "de cima", que moram embaixo, contra os "de baixo", que moram em cima.

Os "homens de preto" são glamourizados, como abnegados e incorruptíveis. Apesar de bem intencionados e preocupados socialmente, são obrigados a torturar e assassinar a sangue frio, em "nosso nome". Para servir à "nossa sociedade", sacrificam a família, a saúde e os estudos. Nós lhes devemos tudo isso! Portanto, precisam ser impunes. Você já viu algum "caveira" ser processado e julgado por tortura ou assassinato? "Caveira" não tem nome, a não ser no filme. A "Caveira" é uma instituição, impessoal, quase secreta.

Há várias cenas para justificar a tortura como "um mal necessário". Em ambas, o resultado é positivo para os torturadores, ou seja, os torturados não resistem e "cagüetam" os procurados, que são pegos e mortos, com requintes de crueldade. Fica outra mensagem: sem aquelas torturas, o resultado era impossível.

Tudo é feito para nos sentirmos numa verdadeira guerra, do bem contra o mal. É impossível não nos remetermos ao Iraque ou à Palestina: na guerra, quase tudo é permitido. À certa altura, afirma o narrador, orgulhoso : "nem no exército de Israel há soldados iguais aos do BOPE".

Para quem mora no Rio, é ridículo levar a sério as cenas em que os "rangers" sobem os morros, saindo do nada, se esgueirando pelas encostas e ruelas, sem que sejam percebidos pelos olheiros e fogueteiros das gangues do varejo de drogas! Esta manipulação cumpre o papel de torná-los ainda mais invencíveis e, ao mesmo tempo, de esconder o estigmatizado "Caveirão", dentro do qual, na vida real, eles sobem o morro, blindados. O "Caveirão", a maior marca do BOPE, não aparece no filme: os heróis não podem parecer covardes!

O filme procura desqualificar a polêmica ideológica com a esquerda, que responsabiliza as injustiças sociais como causa principal da violência e marginalidade. Para ridicularizar a defesa dos direitos humanos e escamotear a denúncia do capitalismo, os antagonistas da truculência policial são estudantes da PUC, "despojados de boutique", que se dão a alguns luxos, por não terem ainda chegado à maioridade burguesa.

Os protestos contra a violência retratados no filme são performances no estilo "viva rico", em que a burguesia e a pequena-burguesia vão para a orla pedir paz, como se fosse possível acabar com a violência com velas e roupas brancas, ou seja, como se tratasse de um problema moral ou cultural e não social.

A burguesia passa incólume pelo filme, a não ser pela caricatura de seus filhos que, na Faculdade, fumam um baseado e discutem Foucault. Um personagem chamado "Baiano" (sutil preconceito) é a personificação do tráfico de drogas e de armas, como se não passasse de um desses meninos pobres, apenas mais espertos que os outros, que se fazem "Chefe do Morro" e que não chegam aos trinta anos de idade, simples varejistas de drogas e armas, produtos dos mais rentáveis do capitalismo contemporâneo. Nenhuma menção a como as drogas e armas chegam às comunidades, distribuídas pelos grandes traficantes capitalistas, sempre impunes, longe das balas achadas e perdidas. E ainda responsabilizam os consumidores pela existência do tráfico de drogas, como se o sistema não tivesse nada a ver com isso!

O Estado burguês também passa incólume pelo filme. Nenhuma alusão à ausência do Estado nas comunidades carentes, principal causa do domínio do banditismo. Nenhuma denúncia de que lá falta tudo que sobra nos bairros ricos. No filme, corrupção é um soldado da PM tomar um chope de graça, para dar segurança a um bar. Aliás, o filme arrasa impiedosamente os policiais "não caveiras", generalizando-os como corruptos e covardes, principalmente os que ficam multando nossos carros e tolhendo nossas pequenas transgressões, ao invés de subirem o morro para matar bandido.

A grande sacada do filme é que o personagem ideológico principal não é o artista principal. Este, branco, é o que mais mata. Ironicamente, chama-se Nascimento. É um tipo patológico, messiânico, sanguinário, que manda um colega matar enquanto fala ao celular com a mulher sobre o nascimento do filho.

Mas para fazer a cabeça de todos os públicos, tanto os "de cima" como os "de baixo", o grande e verdadeiro herói da trama surge no final: Thiago, um jovem negro, pacato, criado numa comunidade pobre, que foi trabalhar na PM para custear seus estudos de Direito, louco para largar aquela vida e ser advogado. Como PM, foi um peixe fora d'água: incorruptível, respeitava as leis e os cidadãos. Generoso, foi ele quem comprou os óculos para dar para o menino míope. Sua entrada no BOPE não foi por vocação, mas por acaso.

Para ficar claro que não há solução fora da repressão e do extermínio e que não adianta criticar nem fazer passeata, pois "guerra é guerra", nosso novo herói se transforma no mais cruel dos "caveiras" da tropa da elite, a ponto de dar o tiro de misericórdia no varejista "Baiano", depois que este foi torturado, dominado e imobilizado. Para não parecer uma guerra de brancos ricos contra negros pobres, mas do bem contra o mal, o nosso herói é um "caveira" negro, que mata um bandido "baiano", de sua própria classe, num ritual macabro para sinalizar uma possibilidade de "mobilidade social", para usar uma expressão cretina dos entusiastas das "políticas compensatórias".

A fascistização é um fenômeno que vem sendo impulsionado pelo imperialismo em escala mundial. A pretexto da luta contra o terrorismo, criminalizam-se governos, líderes, povos, países, religiões, raças, culturas, ideologias, camadas sociais.

Em qualquer país em que "Tropa de Elite" passar, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, o filme estará contribuindo para que a sociedade se torne mais fascista e mais intolerante com os negros, os imigrantes de países periféricos e delinqüentes de baixa renda.

No Brasil, a mídia burguesa há muito tempo trabalha a idéia de que estamos numa verdadeira guerra, fazendo sutilmente a apologia da repressão. Sentimos isso de perto. Quantas vezes já vimos pessoas nas ruas querendo linchar um ladrão amador, pego roubando alguma coisa de alguém? Quantas vezes ouvimos, até de trabalhadores, que "bandido tem que morrer"?

Se não reagirmos, daqui a pouco a classe média vai para as ruas pedir mais BOPE e menos direitos humanos e, de novo, fazer o jogo da burguesia, que quer exterminar os pobres, que só criam problemas e ainda por cima não contam na sociedade de consumo. Daqui a pouco, as milícias particulares vão se espalhar pelo país, inspiradas nos heróicos "homens de preto", num perigoso processo de privatização da segurança pública e da justiça. Não nos esqueçamos do modelo da "matriz": hoje, os mais sanguinários soldados americanos no Iraque são mercenários recrutados por empresas particulares de segurança, não sujeitos a regulamentos e códigos militares.

Parafraseando Bertolt Brecht, depois vai sobrar para nós, que teimamos em lutar contra o fascismo e a barbárie, sonhando com um mundo justo e fraterno.

A trilha sonora do filme já avisou:

"Tropa de Elite,
Osso duro de roer,
Pega um, pega geral.
Também vai pegar você!"



(Ivan Pinheiro)

sábado, 6 de outubro de 2007

Boicote a reacionária revista VEJA!




Veja: que mentira!

Aproximando-se o dia 08 de outubro, dia esse em que são feitas homenagens em memória de Che Guevara, a revista de caráter burguês VEJA, ''mira guevara e dá tiro no pé''.

A veja acaba de lançar uma matéria de capa, denegrindo a imagem do camarada Guevara com afirmações mentirosas e sensacionalistas, objetivando com isso, distorcer a imagem de um homem que foi morto por cometer um único crime: lutar por um mundo melhor.


CHE GUEVARA VIVE!


Ernesto Guevara de la serna nasceu em 14 de junho de 1928 na cidade de rosário. Sua mãe foi a principal responsável por sua formação porque, mesmo sendo católica, mantinha em casa um ambiente de esquerda e sempre estava cercada por mulheres politizadas. Em sua casa havia uma biblioteca com cerca de 3.000 livros, o facilitou seu contato com obras marxistas.

Em 1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km em uma moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'. Os oito meses dessa viagem marcaram profundade a vida de Che, que ficou chocado com a pobresa que assolava a América-Latina.

Já envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para Guatemala com seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta e Ñico Lopez, que, futuramente, o apresentaria a Raúl Castro no México.

Na Guatemala, Arbenz Guzmán, o presidente esquerdista moderado, comandava uma ousada reforma agrária. Porém, os EUA, descontentes com tal ato que tiraria terras improdutivas de suas empresas concedendo-as aos famintos camponeses, planejou um golpe bem sucedido colocando no governo uma ditadura militar manipulada pelos yankees. Che ficou inconformado com a facilidade norte-americana de dominar o país e com a apatia dos guatemaltecos. A partir desse momento, se convenceu da necessidade de tomar a iniciativa contra o cruel imperialismo.

Com o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México. Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas essa ida ao México já estava planejada. Lá lecionava em uma universidade e trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez, que o levou para conhecer Raúl Castro. Raúl, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Depois, Raúl apresentou Che a seu irmão mais velho Fidel que, do mesmo modo, tornou-se amigo instantaneamente. Tiveram a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e, ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que tentaria tomar o poder em Cuba.

A partir desse momento começaram a treinar táticas de guerrilha e operações de fuga e ataque. Em 25 de novembro de 1956 os revolucionários desembarcam em Cuba e se refugiam na Sierra Maestra, de onde comandam o exército rebelde na bem-sucedida guerrilha que derrubou o governo de Fulgêncio Batista. Depois da vitória, em 1959, Che torna-se cidadão cubano e vira o segundo homem mais poderoso de Cuba. Marxista-leninista convicto, é apontado por especialistas como o responsável pela adesão de Fidel ao bloco soviético e pelo confronto do novo governo com os Estados Unidos.

Guevara queria levar o comunismo a toda a América Latina e acreditava apaixonadamente na necessidade do apoio cubano aos movimentos guerrilheiros da região e também da África. Da revolução em Cuba até sua morte, amargou três mal-sucedidas expedições guerrilheiras. A primeira na Argentina, em 1964, quando seu grupo foi descoberto e a maioria morta ou capturada. A segunda, um ano depois de fugir da Argentina, no antigo Congo Belga, mais tarde Zaire e atualmente República Democrática do Congo. E por fim na Bolívia, onde acabaria executado.

Guevara foi capturado em 8 de outubro de 1967. Passou a noite numa escola de La Higuera, a 50 quilômetros de Vallegrande, e, no dia seguinte, por ordem do presidente da Bolívia, general René Barrientos, foi executado com nove tiros numa escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.


Ver: http://www.cheguevaradelaserna.hpgvip.ig.com.br/

Esta foi uma breve homenagem da UJC e uma tentativa de desmascarar a revista VEJA.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

FARC-EP 42 ANOS DE LUTA!




É com muita satisfação, que nós da União da Juventude Comunista, dedicamos esse espaço para uma breve homenagem as FARC - FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS DA COLÔMBIA.

No dia 27 de maio, as FARC completaram 42 anos de luta guerrilheira em nome do socialismo.

Desde a sua fundação em 1968, até os dias atuais, as FARC continuam a afirmar sua luta por paz e igualdade social, por educação pública, gratuita e de qualidade, por reforma agrária, por um salário suficiente para suprir as necessidades dos trabalhadores, Em fim, as FARC é a vanguarda armada da luta pela libertação do povo colombiano, dos grilhões genocídas do capitalismo.

Atualmente, as FARC está engajada na luta pelo fim do governo fascista do presidente Uribe, que assim como Lula, não passa de mais um lacaio do império norte-americano de Bush e seus comparsas.

"Queremos construir um país que resgate nossas culturas, que defenda nossa soberania e que o governo seja das maiorias; um país sem diferenças abismais entre ricos e pobres, no qual o povo, com seu trabalho, obtenha o bem-estar, viva feliz e em paz.'' (FARC)


Manifesto das FARC

por Secretariado do Estado Maior Central

Compatriotas:

1. A dignidade convoca-nos à resistência em unidade, frente ao governo foragido, ilegítimo e ilegal que se apossou do Palácio de Nariño; convoca-nos à convergência e ao Acordo Nacional para superar a profunda crise institucional e de governabilidade que abate o país, e para concertar caminhos certos rumo à paz duradoura.

A Colômbia merece respeito. Não podemos tolerar mais essa máfia narco-paramilitar de latifundiários e pecuaristas, narcotraficantes e empresários que, com o apoio militar do governo dos Estados Unidos e a fanfarra dos meios de informação, converteram a Colômbia num inferno de guerra, massacres, detenções maciças de cidadãos, desaparecimentos, miséria e saqueio, e de todos os desaforos do terrorismo de Estado.

2. O governo de Uribe marcha ao compasso das directrizes de Washington e das exigências de poderosos capos narco-paramilitares como Salvatore Mancuso, Jorge 40, Castaño, Cuco Vanoy, Isaza, Báez, Macaco, Don Berna, El Alemán, Giraldo, El Tuso, Gordo Lindo e outros sinistros personagens da moto-serra e da cocaína, sócios do presidente. Essa máfia financiou com maletas repletas de dólares as duas campanhas presidenciais de Uribe.

Sim, eles o elegeram, e são eles os que estão a mandar.

Impuseram a ponta de fuzil, de terror e de fraudes eleitorais dezenas de congressistas, governadores e alcaides que actuam como testas de ferro do paramilitarismo na política e no governo. Como se acreditavam donos do país não tiveram objecções em proclamar com clarins de vitória que haviam conseguido eleger 35% do actual congresso, o que equivale a uns 80 representantes e senadores. Esses mesmo votos contaminados levaram Uribe à Presidência da República e, por isso e muito mais, seu mandato é ilegítimo e ilegal.

Este governo está erguido sobre milhares de fossas comuns e massacres, sobre terras despojadas e milhões de deslocados, sobre lágrimas e luto... Nada se fez sem o visto favorável ou sem a participação das forças armadas oficiais.

Toda a cúpula do Estado, a começar pelo próprio Uribe, cabecilha principal dos "paracos", está invadida pelo monstro da narco-para-política que se tornou a Colômbia. O vice-presidente foi o inspirador do bloco paramilitar que actuou sobre a capital.. A comandância do exército e da polícia não pode negar que sempre actuou em conluio para delinquir com eles. O ministro da Defesa conspirou com Carlos Castaño. A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros Araújo era paga por Jorge 40. O ex-chefe do DAS Jorge Noguera, além de montar com eles a conhecida fraude eleitoral a favor de Uribe, fornecia-lhes a lista dos dirigentes sindicais e populares que deviam assassinar.

Os país estava a ser roubado pelos chefões paramiliatres e Uribe não dizia nada. Roubaram os recursos da saúde. Morderam quanto contrato aparecia. Saquearam os orçamentos departamentais e municipais. Foi-lhes permitido cobrar impostos...

O Acordo de Ralito, pacto das trevas entre o governo e seus paramilitares, foi o pacto da impunidade, no qual o governo comprometeu-se a garantir-lhes penas irrisórias e simbólicas, participação na política, a não extradição, o respeito às suas riquezas mal conseguidas amassadas com o roubo, o narcotráfico e a lavagem de activos.

Essa é a razão que compeliu o presidente Uribe ao desacato e ao desafio insólito frente à providência da Corte Suprema de justiça que sentenciou que paramilitarismo e conluio para delinquir não é sedição. Ele entende que sem o rótulo artificial de delito político que pretendia pendurar no paramilitarismo a fim de santificá-lo é-lhe encerrada a mais importante opção de impunidade com que contava, não só para favorecer os paramilitares como para livrar de culpas os Estado, pai dessa desumana estratégia contra-insurgente na qual também estão envolvidas a CIA e a DEA.

Uribe mereceu o repúdio dos povos que, nas suas viagens internacionais, recebem-no com gritos de assassino, assassino. Que renuncie pois, por ser paramilitar, ilegítimo e ilegal.

Qualquer governo do mundo em tais circunstâncias já teria caído irremediavelmente. E os colombianos não somos menos para tolerar semelhantes governantes, ainda que contem com o apoio do governo dos Estados Unidos.

3. A Colômbia está a ser violentada também pela política de Seguridad Democrática concebida por Washington como desenvolvimento da velha Doutrina de Segurança Nacional e como estratégia de predomínio do império sobre os povos da Nossa América. No essencial esta política – explicada pelo general Craddock do Comando Sul – busca no âmbito da recolonização neoliberal, assegurar o investimento e a pilhagem das transnacionais mediante a aplicação de leis severas e da força, para reprimir e aniquilar a resistência dos povos e o inconformismo social.

Não podemos permanecer impassíveis frente a esta política que já começa a ser executada também por outros governos do hemisfério.

No caso da Colômbia, a Seguridad Democrática tem como componente militar o Plano Patriota, cujo objectivo principal é a derrota militar da guerrilha das FARC, ou na sua falha a redução da sua vontade de luta para levá-la prostrada à mesa das negociações. Naturalmente não se sentem tranquilos com esta alternativa de poder construída pelo povo como resistência a décadas de violência estatal e de opressão.

Com esse objectivo de derrotar a guerrilha mobilizaram dezenas de batalhões e brigadas móveis rumo ao sul e lançaram grandes e sustentadas operações em outras áreas do país. Instalaram postos de comando com oficiais gringos em Larandia e Três Esquinas, Caquetá, nos umbrais da Amazónia que cobiçam. Activaram satélites espiões e aparelhos com tecnologia militar de ponta. Desenvolveram cercos estratégicos, bloquearam zonas camponesas, deslocaram a população, assassinaram e desapareceram civis, incendiaram parcelas, roubaram gados, bombardearam dia e noite, trilharam selva e cordilheiras, e não puderam em cinco mostrar um resultado contundente. Só o desgaste inútil e a quebra da vontade de luta das tropas oficiais que morrem na selva ou dela saem lesionadas, porque assim o quer um guerreirista louco que vocifera em Bogotá e despede generais por ausência de resultados ou comunicados de vitória.

Da pólvora e do fragor dos combates está a surgir uma força guerrilheira de novo tipo, forjada nas manobras inimigas e no choque com as novas tecnologias da operatividade contra-insurgente, guerrilha que é verdadeiro poder de fogo político e militar ao serviço da causa popular.

Mas paralelamente ao desenvolvimento do Plano Patriota nos diferentes teatros de operações, o governo vai entronizando o delito de opinião, a repressão da consciência, até chegar a encarcerar mais de 150 mil cidadãos acusando-os de simpatizar com a guerrilha. Com o objectivo de dissuadir o apoio ao projecto político e social da insurgência está a cercear-se na Colômbia o direito universal à opção política. Não lhe bastou eliminar fisicamente toda uma geração de revolucionários que se incorporaram à União Patriótica como alternativa legal de mudança; agora querem impor um pensamento, o da nova inquisição, da direita e do fascismo. Um pensamento que criminaliza o protestos social com o conto de que por trás de toda mobilização popular contra as políticas do governo está a guerrilha. Um autoritarismo que desejaria varrer com a autonomia e a independência dos outros ramos do poder público para estabelecer sem sobressaltos constitucionais o reino da tirania, que só tolera as oposições que não proponham a mudança do statu quo, das estruturas da opressão.

4. Esta direita fascista activou o orçamento da nação em função da guerra e o resultado é o desastre social. Crianças que morrem de fome, crescimento da pobreza e da marginalidade, abandono total dos projectos de construção de habitação popular, a maioria da população sem serviços de água, luz e esgotos. Indiferença do governo frente à carência de escolas, colégios e professores porque optou pela privatização deste serviço, tal como o da saúde. Corte das transferência que paralisa o desenvolvimento das regiões. Venda de empresas rentáveis do Estado para conseguir mais recursos para a guerra. Privatização paulatina de empresas estratégicas como ECOPETROL. Incremento dos índices de desemprego e subemprego sob o impulso da flexibilização laboral que pisoteia os direitos dos trabalhadores e dispara os lucros dos empresários. Fome e alto custo de vida é o que geram as políticas do Estado contra a massa popular. Perspectivas de agudização da crise social com a aprovação do TLC (Tratado de Livre Comércio) que atenta contra a pátria, a soberania e a qualidade de vida dos colombianos.

A perfídia com que actua o Estado deve ser respondida com a mobilização de povo em acções de rua e bloqueio de estradas que paralisem o país na exigência dos direitos pisoteados a fim de constatar na luta de massas a força dos de baixo e buscar a convergência de todos os sectores democráticos sob uma só bandeira política e social tendo em vista formar um novo governo que trabalhe pela paz, pela justiça social e pelo resgate da dignidade e da soberania do povo da Colômbia.

5. Para a construção desta alternativa pomos à consideração do país, das suas organizações política e sociais, de todo o povo, a Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia para abrir a discussão e o intercâmbio em torno das bandeiras e do programa de um novo governo que sugerimos patriótico, democrático, bolivariano, rumo a uma nova ordem social, comprometido na solução política do grave conflito que vive o país.

Uma governo cuja divisa em política internacional seja a Pátria Grande e o Socialismo e que priorize a integração dos povos da Nossa América. Por isso a política de fronteiras das FARC opta pela irmanação e não pela confrontação com os exércitos dos países vizinhos. Nossa luta é de resistência e libertação frente ao regime opressor colombiano.

Um novo governo que materialize o projecto político e social do Libertador, que conforme um novo Exército Bolivariano para a defesa da pátria e das garantias sociais. Uma nova ordem edificada sobre a democracia e a soberania do povo, que agregue aos ramos do poder público os poderes moral e eleitoral, que institua o congresso unicameral e a revogatória do mandato. Um novo sistema de governo que castigue com severidade a corrupção e a impunidade, que ponha fim à política neoliberal, que estimule a produção nas suas diversas modalidades, que assuma o controle dos sectores estratégicos, que faça respeitar nossa soberania sobre os recursos naturais e que implemente políticas eficazes de preservação do meio ambiente. Um governo que trabalhe pela gratuidade da educação a todos os níveis, que instrumente a redenção social, a justiça agrária, que renegocie os contratos com as transnacionais que sejam lesivos para a nação, que deixe sem vigência os pactos militares, tratados e convénios que manchem a soberania da pátria, que não extradite nacionais, que objecte ao pagamento da dívida externa naqueles empréstimos viciados de dolo em qualquer das suas fases. Um governo cuja divisa em política internacional seja a Pátria Grande e o Socialismo e que priorize as tarefas da integração dos povos na Nossa América.

É hora de analisar e seleccionar a rota que nos conduza à paz, à independência, à justiça social, à democracia e à unidade como caminho para sobreviver e enfrentar com êxito as políticas dos impérios.

6. A paz é um processo, um bem comum que requer de todos a preparação do terreno para que germine. Não se consegue da noite para o dia. Necessita novas estruturas económicas, políticas e sociais que a sustentem, mudanças como as que sugere a Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia.

Não haverá paz dos sepulcros. Todos os planos militares da oligarquias e do império para exterminar a insurgência, desde o LASO (Latin American Security Operation) executado em Marquetália, até o Patriota, fracassaram porque o levantamento armado por causa sociais, económicas e políticas não se derrota nem com bombas, nem com chumbo, nem com tecnologias recém-criadas.

Por insânia ou demagogia eleitoreira, Uribe anunciou estar disposto a oficializar uma zona de encontro para firmar a paz em três meses. Os 43 anos de confrontação não se superam em tão curto tempo. A problemática política, económica, social, cultural, ambiental e de soberania do país não se pode resolver em três meses, a não ser que alguma das partes haja derrotado o contendor, e este não é o caso. Uribe não é o homem para a paz na Colômbia. Não está programado pelos gringos para isso. Um tipo que nem sequer reconhece a existência do conflito armado não conseguirá a paz por nenhuma via. Só um novo governo patriótico e democrático, soberano, poderá conseguir a paz negociada, não um governo títere da Casa Branca. Seria preciso um governo compenetrado da necessidade da paz que, apoiado no povo e no interesse nacional, tomasse a decisão de fazer regressar as tropas aos seus quartéis, reduzisse drasticamente o orçamento da guerra em favor do investimento social e exigisse a saída do país das tropas e assessores estado-unidenses intrometidos no conflito interno e factor atiçador da guerra, para dar o passo resoluto aos diálogos de paz.

7. A paz merece todos os esforços e sacrifícios do país e começa com o consenso das suas forças fundamentais, das suas organizações políticas e sociais, de criar entre todos uma nova alternativa política de poder que se converta em governo soberano e digno, altivo frente a Washington, empenhado na maior soma de felicidade possível para o povo segundo o mandato do Libertador.

É necessário começar o quanto antes o intercâmbio e o reencontro de todos os actores da transformação social e da paz, incluída a guerrilha, em torno desta perspectiva. Aqueles que a partir da servidão do estabelecimento pregam a exclusão da insurgência com argumentos rebuscados, fazem-no para induzir a formação de uma alternativa enfermiça que seja presa fácil dos poderosos exploradores de sempre.

Propomos arrancar o mais depressa possível com os primeiros contactos clandestinos, sem dar importância ao governo, a fim de acordar um roteiro e ir esboçando colectivamente alguns traços programáticos para a redenção da Colômbia.

Convidamos a este diálogo os dirigentes revolucionários, os sectores democráticos dos partidos, a gente avançada do clero, os militares patriotas e bolivarianos, os líderes operários e camponeses, estudantis e comunais, indígenas, as negritudes, os educadores, as mulheres... a todas as lideranças populares, para juntar anseios e empreender juntos o caminho rumo à Nova Colômbia.

O objectivo é a criação de uma alternativa para a mudança, surgida de um Grande Acordo Nacional pela paz, justiça, soberania e decoro da nação, que se proponha um novo governo para salvar a Colômbia do abismo, para recuperar a dignidade manchada pelo governo foragido de fascistas narco-paramilitares abençoados por Washington, uma nova condução dos destinos da pátria que proscreva a repressiva e espoliadora Seguridad Democrática do império e da política neoliberal, que resgate a soberania do povo, reestruture o Estado a fim de garantir o bem comum e forme um Exército Bolivariano guiado pelo amor ao povo, à justiça social e à defesa da Pátria. Enfim, um governo que convoque uma Assembleia Nacional Constituinte para nos dar uma nova Constituição que referende as mudanças em favor do povo, rumo à paz e à convivência, a verdadeira democracia, a soberania e a integração solidária dos povos, como mandatos emanados desse grande Pacto Social.

Não nos resta outra alternativa senão buscarmos unidos o caminho para sair desta noite escura, orientados pelo vislumbre da justiça e pela nova alvorada da Grande Colômbia.

Rumo à Nova Colômbia, Acordo Nacional pela Paz

Secretariado do Estado Maior Central das FARC

Montanhas da Colômbia, Setembro de 2007

Fontes:

O original encontra-se em http://www.farcep.org/?node=2,3444,1

Este manifesto encontra-se em http://resistir.info/ .




quarta-feira, 12 de setembro de 2007

EVENTO PUNK!

DIA 21/09 as 17hs no colégio Afrânio Lages - CEPA Faról - av. fernades lima.
Informações: 8843-1889
organização: KBP (koletivo bolxopunk) ujc (união da juventude comunista)
Atenção: devido a greve dos funcionários públicos o evento não ocorrerar no dia 21.
Será exibido o domumentário botinada, que é um precioso resgate da história do movimento punk no brasil, irá rolar uma banca com vários zines locais, e algumas palestras, tudo feito baseado no lema punk:faça você mesmo!
Irá rolar também a "ilustre" apresentação do recém-nascido KBP (koletivo bolxopunk), como o nome sugere é um koletivo composto por punks comunistas.

Obs: bolxo=bolchevique

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

"Aprenda com as massas e depois ensine-as''





9 de setembro de 1976 morre o pai sagrado da revolução chinesa.

Apesar da grande abertura comercial para os donos do capital estrangeiro, e com todas as contradições ideológicas atuais, o povo chinês não esquece daquele que é conhecido como o grande ''timoneiro.''
Mao Tsé Tung, grande lider revolucionário, fundador do PCC (partido comunista chinês), não ficou esquecido, pois, ainda hoje é lembrado como o idealizador da longa marcha. E em outubro de 1949 proclamava na praça celestial, a REPÚBLICA POPULAR DA CHINA.
Mao Tse Tung, e seu exército vermelho, conduziram os comunistas a vitória final, tendo pela frente a gigantesca tarefa de transformar a china em um país livre e independente. Ele atingiu grande parte de seus objetivos, como, a REVOLUÇÃO CULTURAL DO PROLETARIADO, que alterou profundamente a sociedade chinesa naquele período.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

HO CHI MINH 47 ANOS!

HO CHI MINH VIVE!!!


No dia 02 de setembro de 1969, deixava este mundo o camarada Nguyen Sinh Cung mundialmente conhecido como "Ho Chi Minh", e tio "Ho" pelas crianças que tanto amava e via como o futuro da nação vietnamita.

Aos 19 anos, Ho Chi Minh é expulso da escola por distribuir jornais anti-colonialistas. Embarca então, em um navio para França. E mais tarde, em 1920 ajuda a fundar o partido comunista frânces.

De volta a seu país, Ho chi minh organiza a união da juventude comunista do vietnã e funda o partido comunista vietnamita. A partir daí, segue uma ardorosa jornada de lutas pela libertação do povo vietnamita da exploração dos colonizadores franceses.

Em 1941, funda a LIGA PELA INDEPENDÊNCIA, para lutar contra os franceses na segunda guerra mundial. O que levaria o vietnã a revolução/independência que resiste até os dias atuais.

Essa foi uma breve homenagem que nós da união da juventude comunista prestamos ao poeta e guerrilheiro HO CHI MINH. Deixamos aqui a nossa solidariedade ao povo vietnamita e sua república socialista, e que viva por eras e eras!!!

HO CHI MINH viveu e viverá eternamente em nossos corações, nos inspirando a cada batalha que travamos em prol da emancipação do povo!

TODO PODER AO POVO, EM GRAU DE CONCIÊNCIA COLETIVA!

domingo, 2 de setembro de 2007

Fotos de atos, eventos e atividades da UJC/PCB

2007: Passeio no parque


2007: 1° manifestação fora Renan



2006:atividade em união dos palmares.


20/08/2007 :II Ato fora o senador Renan Calheiros!!!

2007: 1º de maio, ato contra a transposição do rio São Francisco.