segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Repúdio ao terrorismo do Estado de Israel!


O Comitê Central do PCB vem a público manifestar seu repúdio ao massacre criminoso que está ocorrendo na Faixa de Gaza, promovido pelo Estado sionista de Israel que, sob o pretexto de combater o terrorismo, ataca pessoas indefesas, em sua grande maioria crianças e mulheres palestinas que moram na região, vítimas de bombas jogadas sobre casas, escolas e locais de trabalho. Tecnologias militares modernas são usadas covardemente contra um povo proibido de ter forças armadas convencionais e de obter armamento para se defender.

O governo israelense promove mais uma vez a tática de "ataques preventivos" tão propalada no Governo Bush, aumentando a violência contra o povo palestino que há décadas tem sua nação dividida e usurpada pela partilha imperialista de seu legítimo território e que, no caso da Faixa de Gaza, é palco de privações de todo o tipo, devido ao criminoso embargo promovido pelo governo israelense.

Os ataques ocorridos nesses últimos dias já mataram mais de 300 pessoas e deixaram mais de 1.000 feridos, muitos em estado grave. Parte da região está sem energia elétrica afetando o funcionamento de hospitais.

Pela dimensão do ataque e a generalização inescrupulosa do bombardeio, pode-se garantir que este já é um dos maiores genocídios praticados por armamento de guerra em tão pouco tempo nesse inicio de século. O terrorismo de Estado promovido pelo governo israelense, ao invés de por fim à crise na região, só a aprofunda.

O PCB condena veementemente a carnificina promovida pelo Estado sionista de Israel contra a população palestina e conclama as entidades e organizações populares, democráticas e antiimperialistas a se manifestarem em atos públicos em solidariedade ao povo palestino. Exige também do governo brasileiro que condene com firmeza a infame agressão que, se não for detida imediatamente, pode descambar numa invasão ao território palestino, não com objetivo de ocupação (que já existe na prática), mas de provocar o extermínio desse valoroso povo, que não se curva ao sionismo e ao imperialismo e que merece a mais irrestrita solidariedade dos povos do mundo todo.


Repúdio ao terrorismo do Estado de Israel!
Pela autodeterminação do Povo Palestino!
Pela criação do Estado da Palestina!


Rio de Janeiro, 29 de Dezembro de 2008
PCB- Partido Comunista Brasileiro

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Militantes são espancados e presos durante manifestação no Rio contra leilão do Petróleo


Por ordem da ANP (*), militantes são espancados e presos durante manifestação no Rio contra leilão do petróleo Fonte: Agência Petroleira de Notícias Veja outras fotos da atividade em http://www.apn.org.br/ Cerca de 50 feridos e três pessoas detidas. Esse é o saldo – até agora computado - deixado pela violenta reação da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Guarda Municipal, durante uma manifestação pacífica, por volta de meio dia, nesta quinta, 18, na Avenida Rio Branco, em protesto contra a 10ª Rodada de Licitação do Petróleo.


Depois de receberem uma ordem de despejo para desocupar o Edifício Sede da Petrobrás, no Rio, os manifestantes – cerca de 500 pessoas - dirigiram-se para a Candelária, que fica perto da Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pela realização dos leilões das áreas petrolíferas. Em seguida, a manifestação prosseguiu pela Avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia.


A violenta reação da Polícia Militar e da Guarda Municipal surpreendeu os manifestantes que foram espancados durante toda a caminhada pela Avenida Rio Branco. Até agora os organizadores da manifestação, convocada pelo Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, que reúne dezenas de entidades, confirmam a detenção de três pessoas: Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ); Gualberto Tinoco (Piteu), da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas): Thiago Lúcio Costa, estudante de jornalismo da Universidade de Santa Cecília, de Santos. Dentre os feridos, está hospitalizado, com um corte na cabeça, no Souza Aguiar, o diretor do Sindipetro-RJ Eduardo Henrique Soares da Costa. Um militante do MST quebrou o braço, ao ser espancado pela PM.

As entidades que compõem o Fórum ainda estão fazendo o levantamento do número de feridos e estão tentando localizá-los. Muitos ainda não foram encontrados. Desde a ordem de despejo, vinda da presidência da Petrobrás, ontem à noite, os manifestantes sentiram a animosidade das forças de repressão, mas não esperavam ação tão agressiva, contra uma simples manifestação de protesto. Um dos detidos, o coordenador do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, declarou: "Nós acabamos de viver um momento que remonta à sombria época da ditadura militar. O Capitão Moreira me deu ordem de prisão, mesmo eu dizendo que era advogado. Ele bateu muito em mim. Algemou o Pitel e o estudante e os policiais feriram gravemente nosso companheiro Eduardo Henrique". Emanuel Cancella está com um braço fraturado e costelas. Por volta de 14 horas estava concluindo o seu depoimento na 1ª DP, na Rua Relação, 42. Logo seria encaminhado para exame de corpo delito. A partir das 14h30, a Rádio Petroleira transmitirá flashes ao vivo.

Participavam da manifestação no Rio, parte de uma jornada de Lutas pela suspensão do leilão do petróleo, iniciada desde o dia 14 – no dia 15, houve a ocupação do Ministério das Minas e Energia, em Brasília, pela Via Campesina e petroleiros – representantes de dezenas de entidades (**) que compõem o Fórum, dentre as quais: Sindipetro-RJ, Sindipetro-Litoral Paulista, MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) , MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados), FIST (Federação Internacionalista dos Sem Teto), FOE (Frente de Oposição de Esquerda da União Nacional dos Estudantes), as centrais sindicais Conlutas, Intersindical e CUT, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), o Centro Estudantil de Santos, movimentos de estudantes secundaristas do Rio de Janeiro. A campanha "O Petróleo Tem que ser nosso" continua.

(*) – A ANP (Agência Nacional de Petróleo), dirigida por Haroldo Lima, Vice-Presidente Nacional do PCdoB, é a agência que promove os leilões das reservas do petróleo brasileiro, em que a Petrobrás tem que disputar áreas com empresas privadas, inclusive multinacionais, pagando caro para pesquisar e explorar o nosso petróleo;

(**) – O PCB (Partido Comunista Brasileiro) e a UJC (União da Juventude Comunista) participaram ativamente das manifestações.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Coca-cola é acusada de abusos trabalhistas na China!


A Coca-Cola, uma das empresas que mais representam o imperialismo genocída Norte-Americano no mundo (ao lado da Mc donalds, Nike, etc), acaba de receber uma acusação que já está sendo investigada, de ABUSOS TRABALHISTAS na China!
A exploração da Mão de obra barata de Trabalhadores de Países desenvolvidos e subdesenvolvidos, é uma prática corriqueira para obtenção de lucros por partes dessas empresas Multinacionais que norteiam-se pelos princípios da Ganância, exploração, ostentação e Hipocrisia marketeira.

Abaixo, segue trechos de uma matéria sobre o tema, extraída do Jornal Estadão:

''Em relatório, sete estudantes relatam experiência de um mês de trabalho nas fábricas da empresa

PEQUIM - A Coca-Cola está sendo investigada após uma denúncia de "sérias infrações" dos direitos de seus trabalhadores na China, publicou nesta terça-feira, 16, o jornal oficial China Daily.

Um relatório elaborado por sete estudantes universitários, após um mês de participação na companhia, acusou a Coca-Cola de explorar seus funcionários no gigante asiático.

"Estes trabalhadores desenvolvem o trabalho mais perigoso, intenso e exaustivo. Produzem longas jornadas, mas recebem o salário mais baixo e enfrentam cortes em seus pagamentos", assinala o documento.

Os estudantes asseguram que recolheram a informação entre os meses de julho e agosto deste ano, enquanto estavam trabalhando nas fábricas de engarrafamento de Cantão, Dongguan e Huizhou (sul), e nos distribuidores de Cantão e Xangai.''

Se não queres ser conivente com a exploração do trabalho humano, com a guerra, entre outras maleficiencias geradas pelo consumo de lixo imperialista, a solução é o Boicote imediato a essas empresas que prospéram a partir da degradação humana!


Aqui, fica uma dica e os links para download de um exelente documentário que deve ser assistido para uma melhor compreensão dos meios utilizados por essas Multinacionais sanguesugas na desesperada busca por lucros e mais lucros: o Documentário A CORPORAÇÃO.

Links:

Confraternização do Partido Comunista brasileiro!

No dia 27/12, estará ocorrendo a confraternização do Partido Comunista brasileiro.

Local: Sede do Partido em Fernão Velho/Goiabeira.

Horário: 10: 00hs

Assim como as anteriores, essa confraternização decorrerá com a mesma essência informal e divertida das passadas! E muita música, bebida, bom papo, descontração, etc.


Compareça!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Continua a agitação popular na Grécia!

A morte do adolescente anarquista de 16 anos, sem dúvidas, foi o estopim para a série de manifestações que vêm ocorrendo ao redor do mundo em solidariedade a luta do povo grego. Mas também não existem dúvidas que o contexto que propiciou o início dos protestos contra o governo na Grécia, foi o aceleramento das Reformas neo-liberais, privatizações, aumento dos impostos e a elevação do desemprego, que teve como consequência o agravamento do antagonismo entre as classes sociais. E tudo está diretamente relacionado a mais uma das Crises cíclicas do Capitalismo que nos abateu neste ano de 2008.


''A agitação popular na Grécia continua em várias cidades, com bancos e carros destruídos, grandes lojas saqueadas, delegacias atacadas, universidades ocupadas e as ruas a servirem de palco para batalhas campais entre polícia e manifestantes. E nesta quarta-feira (10), coicindindo com a greve geral no país e por manifestações nas principais cidades. Os transportes ficaram parados, os aeroportos também, as lojas e escolas fechadas e a televisão pública emitiu programas de desenhos animados.

Em Atenas, mais de 20 mil pessoas realizaram uma manifestação pelo descontentamento com as políticas econômicas do governo. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para conter um grupo de jovens que lançavam coquetéis molotov e pedras nos arredores do Parlamento, cercado por milhares de manifestantes.

No dia 10/12, na Ilha de Creta (ilha turística), depois de uma manifestação que contou com mais de 3 mil pessoas, a Delegacia da Província de Creta foi ocupada em revolta pela morte de Alexis Grigoropulos, tal qual foi decidido nas assembléias estudantis de ontem, numa decisão tomada por cinco departamentos universitários. Nas manifestações participaram estudantes e muitos trabalhadores.

Enterro

Alexis Grigoropoulos foi enterrado no Dia 09/12 à tarde no cemitério de Paleo Faliro, nas imediações de Atenas, diante de uma presença de mais de 7 mil pessoas, que gritaram lemas contra a polícia e o governo. ''Assassinos, porcos...!'' ecoavam os jovens no momento que o féretro branco com o corpo do falecido era introduzido no túmulo. ''Alexis, estás vivo!'', gritavam alguns assistentes, enquanto outros aplaudiam. Antes e depois do enterro aconteceram duros enfrentamentos entre manifestantes e a polícia de choque, nas imediações do cemitério. O funeral do jovem Alexis foi transmitido ao vivo por inúmeras canais de TV gregas.''
(Postado originalmente no Cmi)

Solidariedade internacional

Multiplicaram as manifestações em apoio e solidariedade com a revolta na Grécia, com os detidos e o assassinato do ativista Alexis Grigoropoulos aconteceram por diversas cidades européias. Em diversas regiões ao redor do mundo ruas, Universidades e embaixadas são ocupadas por Comunistas, anarquistas, antiautoritários, anticapitalistas, militantes queers, Punks e antifascistas em repúdio a Morte do adolescente e em solidariedade as bandeiras de luta dos gregos.

Vídeo gravado por uma vizinha com seu celular se escuta dois disparos e se vê os dois policiais, que acabavam de disparar em Alexandros Grigoropoulos, saírem tranquilamente do lugar.

Diferentemente do que dizem as autoridades gregas e policiais envolvidos na morte do adolescente Alexandros, neste vídeo gravado por uma moradora dobairro de Exarhia, não se percebe nenhum ataque de "30 pessoas encapuzadascontra um veículo policial", muito menos um cenário de confrontação comgrupos de jovens "radicais", o que a polícia grega havia terminantementeafirmado antes da prisão do agente Epaminondas Korkoneas, 37, que estádetido na Diretoria da polícia de Atenas.Este vídeo está sendo difundido pela mídia corporativa grega e pordiversos Indymedias internacionais, páginas anarquistas e decontra-informação, e parece ser chave para esclarecer o caso, junto ao depoimentos de testemunhas presenciais, que já declararam nesta mesmalinha de pensamento. E para demonstrar que a morte do jovem AlexandrosGrigoropoulos foi um assassinato premeditado e a sangue frio por parte dapolícia grega.Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=jwJZHcMolUA
(Fonte: Agencia de notícias anarquistas)

Fotos de Manifestações em solidariedade ao Povo grego.
Links:

http://www.lahaine.org/index.php?p=34766 (Madrid)

http://www.lahaine.org/index.php?p=34771 (Barcelona)

http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=en&article_id=939748 (Suíça)

http://www.indymedia.org.uk/en/2008/12/415094.html (Inglaterra)

http://www.flickr.com/photos/jacko83/sets/72157611028905306/ (Veneza)

http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=941911 (Chile)



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Poesia da semana

RONDÔ DA LIBERDADE!

É preciso não ter medo,é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo, mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.

Não ficar de joelhos, que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem querbradas.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir até quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.


Autor: Carlos Marighella

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O ''Herói'' do Prefeito é o Justiceiro dos Ricos!

"Senhor" Luís Pedro, Expurgar os Miseráveis seria a solução?


Neste sistema CAPETAlista e Monopolista, onde as riquezas a cada dia concentram-se mais e mais nas mãos de uma minoria parasitária, os que nascem no berço da miséria, desde cedo aprendem que precisam fazer o necessário para subviver neste mundo cão. Para essas pessoas, crias deste sistema, a única alternativa de sobrevivência, além da mendicância, é o mundo do Crime!


E a após esse sistema excludente criar o lixo, precisa varrê-lo para debaixo do tapete... Eis que aparecem as guangues fardadas de justiceiros do crime, que combatem as consequências e não as verdadeiras causas da criminalidade.


A muito, que surgem de tempos em tempos, na capital alagoana, assim como em diversos outros lugares, o fenômeno social dos Grupos especializados em Exterminar os Pobres, que têm por finalidade, solucionar a problemática da crescente onda de Violência. Quando na verdade, a solução real para esse problema, seria a transformação Revolucionária do sistema no qual vivemos.



É nesse contexto que está inserido o elemento que protagoniza esta matéria: Cabo Luís Pedro.



O Prefeito de Maceió, Cícero Almeida (ou Ciço Lyra para íntimos), recentemente declarou que o ex-presidiário, Cabo Luís Pedro, ''é o cara!''

O ex-presidiário, recém eleito para a câmara dos Vereadores de Maceió, derreteu-se ao receber após sua soltura, a visita do Prefeito Cícero Almeida. Nosso "querido Prefeito'', não foi nada moderado, destilou elogios para o Cabo, e disse que a votação que ele (Luiz Pedro) obteve "foi prova de amor de Maceió por ele" (Luiz Pedro).

O Cabo Luís preso, oh não! Luís Pedro, encontrava-se detido desde Dezembro de 2007, sob a acusação de seqüestro, homicídio e ocultação de cadáver! A vítima em questão, foi um trabalhador que extraia seu sustendo de um sub-emprego de Servente de Pedreiro.

São esses os Heróis que supostamente falarão em nome do povo na Câmara?

O que terá levado a população a votar num elemento dessa espécie?

Simplesmente, a população, desde os bairros nobres as periferias, amedrontada e em busca de soluções para criminalidade, viu na reputação de "Justiceiro" do Cabo Luís Pedro, uma saída para resolver a onda de violência na Capital. Historicamente, o povo, em tempos de medo, devido a alienação e a incapacidade de fazer análises dos fatores que propiciam determinadas situações, imediatamente apela para o que apenas aparenta ser a solução, motivado pelo Medo, gerado pela conjuntura política que está em vigor. Em fim, o medo da Violência gerada por este sistema, foi fator determinante para a eleição do indivíduo em questão, com uma alta porcentagem de votos.

Como o sistema político atual irá resolver algum problema, se o mesmo é o problema?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Moradores da Cidade de Lona conquistam direito a moradias dignas!


A REBELIÃO SE JUSTIFICA!



No último dia 25 de Novembro, moradores da cidade de lona, no Eustáquio Gomes,cansados de esperar pela entrega de suas casas pelo governo, bloquearam as duas vias da BR 104 durante duas horas. O protesto foi realizado um dia depois que o Batalhão para Operações de Proteção dos Exploradores, o BOPE, invadiu o local para, segundo a própria repressão, combater o tráfico no local. O povo não se intimidou com a presença da polícia nem com a ameaça de um segurança de um promotor,que mostrou uma pistola para os manifestantes. A população só saiu de lá quando o secretário de habitação chegou e GARANTIU A ENTREGA DAS CASAS! Mais uma vez é confirmada uma importante tese, a de que A REBELIÃO SE JUSTIFICA!


Saudações a todos!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Recuperando o que é Desperdiçado



Conhecido como mergulho em lixeiras, pesca de lixo, colheita urbana, ou simplesmente catar lixo, os praticantes da arte de recuperar recursos utilizáveis do desperdício de uma sociedade hiperconsumista conseguem diminuir dramaticamente ou até mesmo eliminar suas necessidades de comprar mercadorias. Entre encontrar poltronas na calçada, recuperando comida limpa e fresca do descarte de lojas, construindo livrarias de livros descartados, abastecendo cozinhas com utensílios, pratos e talheres, montando vestuários de roupas descartadas, ou recuperando equipamentos de computadores, os coletores acabam descobrindo que eles raramente precisam utilizar dinheiro para conseguir os itens de que eles necessitam.
Eles também reduzem seus desperdícios, limitando seus impactos ambientais pessoais, reduzindo suas cumplicidades econômicas com as empresas multinacionais que são socialmente e ecologicamente destrutivas e que criam a maior parte dos produtos, aliviam-se da pressão de ter que trabalhar em dois ou até três empregos para apenas suprirem suas necessidades básicas, e limitam contribuir um governo corrupto ao limitarem suas contribuições em vendas e impostos de renda. Em áreas rurais, coletores colhem frutas e vegetais que ficam para trás em razão de práticas agrícolas industriais ineficientes.
A colheita urbana não é um estilo de vida puritano, individualista e moralmente superior—é um componente chave na renovação do sentido de comunidade em torno do princípio de apoio mútuo. Muitos coletores urbanos recuperam produtos em grupos. Alguns utilizam o comida recuperada em refeições públicas, algumas vezes em espaços de convivência comunitária. Os coletores frequentemente indicam uns aos outros bons locais para recuperar produtos.

A página de internet http://freegan.info oferece uma lista online de lugares favoritos dos coletores em áreas diferentes e guias similares são impressos e distribuídos. Os criadores do site Freegan.info fazem turnês onde grupos são introduzidos a locais confiáveis para coletar lixo. Os criadores da lista e os organizadores das turnês esperam que seus leitores e participantes irão então se inspirar em procurar outros lugares promissores por conta própria, os quais poderão ser adicionados para turnês e listas futuras.
Texto extraído do Livro Revoluções Cotidianas: Práticas e Instruções para Viver Além do Capitalismo na Vida Cotidiana (Adam Weissman)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mst reivindica punição para assassinos de trabalhadores do campo!





Aproximadamente 1500 trabalhadores rurais - ligados ao Movimento Sem Terra (MST) estão acampados, desde as primeiras horas desta quinta-feira, 27, na Praça Sinimbu, em Maceió. Além desta justa ocupação pacífica, está agenda, de acordo com os coordenadores do movimento, uma série de mobilizações contra a violência e a impunidade da infinidade de crimes do latifúndio contra integrantes do movimento.


Dos militantes assassinados na luta pela reforma agrária no Estado de Alagoas, e que estão sendo lembradas nesta ocasião, o Movimento destaca os guerreiros Jaelson Melquíades, ex-dirigente do MST, na região de Atalaia, assassinado há quase três anos, Luciano Alves, José Elenilson e Chico do Sindicato, cujos assassinos nunca foram condenados, nítido reflexo do desmando e do coronelismo que ainda imperam em nosso Estado.


No sábado, dia 29, haverá mobilização no município de Atalaia, com a realização de uma missa em memória aos que morreram no combate por justiça, paz, pão e TERRA.


Toda solidariedade da União da Juventude Comunista a mais essa luta!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poesia da semana

Aborto

Lindo grão de vida
Repelido numa descarga
Chove no deserto da alma
Das que fazem o ventre de túmulo

Choros perturbam teu sono
Matar o que não se pode criar
Despedidas com direito a álcool e fumo
E a criança ainda assim chora

Roupinhas e lenços te fazem pensar
Mais a profissão te obriga a tirar
No fundo uma voz inocente que fala:
Mamãe deixe-me viver!

Autor: Gilnes Lima

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PARTIDO COMUNISTA DOS EUA SE FORTALE!




Diante da crise que assola o capitalismo, os membros do Partido Comunista americano (CPUSA) registam uma procura crescente pelas teses Marxistas/Leninistas. Uma reportagem da Agência France Press conferiu a movimentação junto ao número 235w da rua 23 no bairro de Chelsea em Nova York , é lá que fica a sede dos comunistas dos Estados Unidos.Longe de querer "brincar sózinhos" os comunistas americanos querem construir a base mais ampla possível, com os movimentos de mulheres, estudantes, sindicatos, para derrotar a direita. " Acreditamos que o momento chegou" declara Libero Della Piana, presidente do Partido em Nova York. A crise mostrou-nos que o mercado não se regula sozinho e ao deixar que isso acontecesse, o governo enlouqueceu a máquina de dar créditos baseados numa fantasia.
Postado por Cidadão do Mundo no blog: Equador do Norte

poesia da semana

Ser comunista

É uma flor
De pureza e incêndio
Que jamais fecha os olhos
Para as injustiças do mundo

O arquiteto
Da nova sociedade
Do amor e do respeito mútuo
Sempre em luta constante

Um pássaro livre
De toda alienação capital
Elemento consciente de sua classe
Agente transformador da humanidade

autor:Gilnes Lima

sábado, 15 de novembro de 2008

PM ameaça trabalhadores e interfere em direito de greve





Os mais de quatro mil trabalhadores e trabalhadoras da Johnson foram alvo da selvageria da Polícia Militar na madrugada desta terça-feira 11 de novembro, às 6h. Os funcionários da empresa estão em greve desde a última quinta-feira por aumento salarial, contra a demissão ilegal de três dirigentes sindicais e o pela revisão do plano de cargos e salários, que rebaixa o piso salarial da categoria em 40%. Ontem, a empresa tentou uma liminar para interferir na greve, mas a Justiça do Trabalho negou. Hoje, para a surpresa de todos, a Polícia Militar cercou os ônibus da empresa e forçou a entrada dos trabalhadores na fábrica. Isso sem nenhuma autorização judicial e interferindo à força no constitucional direito de greve.A selvageria da PM foi tamanha que muitos motoristas dos ônibus foram obrigados a atravessar o canteiro que divide as pistas laterais da empresa e avançar sobre o piquete de greve para entrar pela portaria 2 do Jardim das Indústrias.O ato descabido contou com um forte aparato de repressão: gás de pimenta, motocicletas avançando em cima dos trabalhadores em greve, tiros de borracha, gás de pimenta e muita truculência. A PM massacrou o direito de greve e feriu vários trabalhadores com empurrões, golpes de cacetete, tapas. O sindicalista Wellington Cabral foi preso durante o confronto sob a acusação de direção perigosa.Ontem, os trabalhadores já estavam sendo coagidos pela empresa por meio de assédio moral absurdo. A madrasta Johnson ameaça de demissão os grevistas, que reivindicam apenas o que lhe cabe: aumento salarial e preservação dos direitos.Não é de hoje que a repressão policial interfere no direito de greve e na livre organização sindical dos trabalhadores. Contudo, nunca se viu uma polícia tão servil aos interesses empresariais.
Vale ressaltar: não existe nenhuma ordem judicial para interferir no direito de greve, muito menos para agredir trabalhadores a socos, tiros, tapas. Esse é o papel desempenhado pela polícia na Ditadura, mas não se pode esperar isso de uma sociedade dita democrática, em que os trabalhadores são livres para se organizarem.Apesar da atrocidade da PM, a greve continua. Muitos trabalhadores foram obrigados a entrar à força para trabalhar, mas muitos conseguiram escapar do cerco policial e participar da assembléia, que é realizada com todos os turnos de entrada.O episódio revela mais uma vez a relação promíscua entre a PM e o poder econômico. A PM não agiu conforme a lei, agiu conforme os interesses da Johnson. A selvageria se repetiu na entrada do turno administrativo, às 8h. A PM espancou trabalhadores que tentavam realizar a assembléia e obrigou muitos a entrarem na marra. Alguns trabalhadores que não usam o ônibus ainda foram coagidos pela PM na portaria da empresa a interromperem a greve.Para todos os efeitos legais e morais, a greve continua por tempo indeterminado. Agora o departamento jurídico do Sindicato dos Químicos vai tomar as devidas providências. O confronto pode se repetir na entrada do segundo turno, às 13h30. Enquanto isso, o piquete de greve continua e a luta da classe trabalhadora também.

SINDICATO DOS QUÍMICOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃO
O Sindicato dos Químicos solicita que todos os sindicatos combativos e de luta enviem à Johnson, a FIESP uma moção de repúdio às ações da Johnson e ao aparato de repressão policial. Solicitamos também o encaminhamento de uma cópia ao Sindicato como solidariedade de classe. Essa luta é de todos nós!


INTERSINDICAL - Instrumento de Luta e Organização da classe trabalhadora

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Obama foi eleito para defender os interesses dos EUA!


Após oito anos de domínio republicano, o povo norte-americano realizou um feito inédito: elegeu pela primeira em sua história um presidente negro, filho de pai africano e nascido fora do território continental dos Estados Unidos. Trata-se de um fato realmente histórico, levando-se em consideração que até meio século atrás o racismo era praticado nos Estados Unidos de modo muito semelhante ao que era realizado na África do Sul. Portanto, a eleição de Obama contém um simbolismo especial e representa um enorme desejo de mudanças por parte do povo dos Estados Unidos.


Nesse sentido, é natural que a eleição de um presidente negro num país racista desperte simpatia em todo o mundo. Nos Estados Unidos, com a possibilidade de derrotar o setor mais reacionário, belicista e parasitário do País, a eleição despertou enormes contingentes para a política e uma mobilização expressiva, especialmente dos jovens. O comparecimento às urnas, que variava desde a década de 70 até a última eleição entre 49% e 56%, desta vez aumentou para 64,1%, o maior índice de todos os tempos na história norte-americana. Era visível na população o desejo de mudança, mas também era claro que o sistema precisava de algo diferente para se legitimar, especialmente nestes tempos de crise.


Em todo o mundo, a grande maioria da opinião pública mundial, inclusive parte da esquerda, imagina que o novo presidente norte-americano representa uma mudança efetiva para os Estados Unidos e o mundo, fato que é estimulado pela euforia da mídia. Não está aqui em jogo a figura pessoal de Barack Obama ou suas convicções: o que as pessoas não devem se esquecer é que Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos para defender os interesses norte-americanos, é parte da institucionalidade bipartidária e do sistema imperial do grande capital e não terá liberdade para se contrapor aos interesses desse sistema.


Poderá realizar algumas mudanças tópicas internas; afinal, não é preciso fazer grande coisa para se diferenciar de um governo tão desastroso como o de Bush. Mas Obama manterá a essência do sistema imperialista. Vale lembrar que Obama fez a campanha mais cara da história dos EUA, gastando US$ 650 milhões, teve o apoio maciço das grandes corporações e da grande mídia norte-americana, sem o que não poderia ter arrecadado tanto dinheiro. Não terá liberdade para realizar um programa de mudanças e, com certeza, passada a euforia inicial, virá a decepção para o povo norte-americano e para todos os que hoje reproduzem a euforia da mídia.


É necessário enfatizar ainda que o staff da campanha do novo presidente é composto pela fina flor do sionismo e do capital financeiro, inclusive estes últimos responsáveis pela implantação das políticas monetaristas e neoliberais no passado, tais como Paul Volcker, ex-presidente do FED, nos anos Carter e Reagan; Jamie Dimon, presidente do Banco de Investimentos J. P. Morgan; Timothy Geithner, ex-gerente do FMI e presidente do FED de Nova York; Laurence Summers e Robert Rubin, ex-secretários do Tesouro de Clinton e, especialmente, Warren Buffett, o maior especulador do cassino financeiro mundial em bancarrota e Rahn Emanuel, futuro chefe da Casa Civil e sionista fundamentalista, que serviu no Exército e na Inteligência de Israel.


Só os ingênuos poderiam acreditar que com gente desse naipe haverá mudanças de fundo nos Estados e no mundo. Vale lembrar ainda que a cor da pessoa não quer dizer nada, em termos políticos. A principal figura do governo Bush é negra e ultradireitista, Condolezza Rice. Quem comandou a invasão ao Iraque e mentiu sobre as armas de destruição em massa era também um negro, o secretário de Defesa Colin Powell, que por sinal apoiou Obama nestas eleições. Além disso, a burguesia que explora os trabalhadores na África é quase toda negra. Portanto, não é a cor da pele ou a etnia que definem a posição política das pessoas.


O PCB acredita que não é hora de vender ilusões para os trabalhadores ou tentar mascarar a realidade: Obama não vai realizar um governo com os sindicatos, os movimentos sociais, com os negros, os latino-americanos ou com os oprimidos em geral. Ele foi eleito em circunstâncias muito especiais, quando o sistema necessitava de um político que desse a impressão de um capitalismo com rosto humano. Mas será obrigado a defender essencialmente os interesses do sistema que o elegeu. Deverá cumprir papel semelhante ao que o líder operário Lula está cumprindo no Brasil. Aliás, é importante para o sistema ter alguém, neste momento, com capacidade de conter a indignação popular e o movimento de massas que vai emergir da crise, uma vez que os republicanos estavam completamente desmoralizados.


O novo presidente dos Estados Unidos deverá seguir com a mesma postura que caracterizou o seu mandato como senador. O próprio programa eleitoral de Obama não se difere substancialmente dos republicanos, não apresenta propostas no sentido de uma reestruturação da economia norte-americana para servir ao povo. Em seus discursos, Obama sempre procurou se colocar acima das classes; sua bandeira é a "América" e todos os valores que vêm com ela. Para os ingênuos, nunca é tarde lembrar que o novo presidente norte-americano representa o negro da classe média integrado ao sistema, muito longe das tradições de um Malcom X ou Luther King.


Por último, vale lembrar que a condição de democrata não significa um mundo de paz para a comunidade internacional. A tradição democrata é belicista, desde Woodrow Wilson, que invadiu o México, Panamá, República Dominicana e Haiti. Truman lançou as bombas atômicas contra Hiroshima e Nagasaki e Kennedy invadiu Cuba. Lyndon Johnson ampliou a guerra do Vietnã, invadiu o Cambodja e o Laos. Bill Clinton, apesar de fazer o estilo simpático, fez a primeira invasão do Iraque e o próprio Obama apoiou a fascista "Lei Patriótica" do governo Bush. Todas essas atrocidades foram cometidas nos períodos de governos democratas. Quem garante que Obama não seguirá o mesmo caminho?


Para os comunistas, Obama venceu as eleições com expressiva votação, mas os trabalhadores dos Estados Unidos, representados pelos brancos, negros, latinos, asiáticos terão que lutar muito para conquistar suas reivindicações, pois as estruturas do sistema de poder continuarão brecando qualquer mudança de fundo na sociedade estadunidense. E os povos do mundo terão que continuar resistindo à agressividade do imperialismo, que pode inclusive recrudescer, com a crise do capitalismo.

PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poesia da semana

Meu caminho para Marx

Da razão do mundo
Ao mundo sem razão
Cresce violência
Natalidade baixa
Homem lobo do homem
Do poder para o poder
Novas armas químicas
Capitalismo vende
Guerra entre nações
A dor que mata
Alimenta-se do egoísmo
Juventude que desperta
Espectro da luta armada
ânsia dum mundo novo desejo de mudar

Autor: Gilnes Lima

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

04 de Novembro: Carlos Marighella vive!




Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Era filho de imigrante italiano com uma negra descendente dos haussás, conhecidos pela combatividade nas sublevações contra a escravidão.

De origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo.


Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância política, interrompendo os estudos universitários no 3o ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de Janeiro.


Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto Müller. Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela “macedada” – nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação -- deixou o exemplo de uma tenacidade impressionante.



Transferindo-se para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas.

Voltaria aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando a fornecer qualquer informação à polícia. Na CPI que investigaria os crimes do Estado Novo o médico Dr. Nilo Rodrigues deporia que, com referência a Marighella, nunca vira tamanha resistência a maus tratos nem tanta bravura.


Recolhido aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação cultural e política dos companheiros de cadeia.


Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Deposto o ditador Vargas e convocadas eleições gerais, foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia. Seria apontado como um dos mais aguerridos parlamentares de todas as bancadas, proferindo, em menos de dois anos, cerca de duzentos discursos em que tomou, invariavelmente, a defesa das aspirações operárias, denunciando as péssimas condições de vida do povo brasileiro e a crescente penetração imperialista no país.


Com o mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra o comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato.


Nos anos 50, exercendo novamente a militância em São Paulo, tomaria parte ativa nas lutas populares do período, em defesa do monopólio estatal do petróleo e contra o envio de soldados brasileiros à Coréia e a desnacionalização da economia. Cada vez mais, Carlos Marighella voltaria suas reflexões em direção do problema agrário, redigindo, em 1958, o ensaio “Alguns aspectos da renda da terra no Brasil”, o primeiro de uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969. Nesta fase visitaria a China Popular e a União Soviética, e anos depois, conheceria Cuba. Em suas viagens pôde examinar de perto as experiências revolucionárias vitoriosas daqueles países.


Após o golpe militar de 1964, Marighella foi localizado por agentes do DOPS carioca em 9 de maio num cinema do bairro da Tijuca. Enfrentou os policiais que o cercavam com socos e gritos de “Abaixo a ditadura militar fascista” e “Viva a democracia”, recebendo um tiro a queima-roupa no peito. Descrevendo o episódio no livro “Por que resisti à prisão”, ele afirmaria: “Minha força vinha mesmo era da convicção política, da certeza (...) de que a liberdade não se defende senão resistindo”.


Repetindo a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1o de abril. Conseguiu, com isso, catalisar um movimento de solidariedade que forçou os militares a aceitar um habeas-corpus e sua libertação imediata. Desse momento em diante, intensificou o combate à ditadura utilizando todos os meios de luta na tentativa de impedir a consolidação de um regime ilegal e ilegítimo. Mas, mantendo o país sob terror policial, o governo sufocou os sindicatos e suspendeu as garantias constitucionais dos cidadãos, enquanto estrangulava o parlamento. Na ocasião, Carlos Marighella aprofundou as divergências com o Partido Comunista, criticando seu imobilismo.


Em dezembro de 1966, em carta à Comissão Executiva do PCB, requereu seu desligamento da mesma, explicitando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político e burocrático convencional que, segundo entendia, imperava na liderança. E quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN – Ação Libertadora Nacional para, de armas em punho, enfrentar a ditadura.


O endurecimento do regime militar, a partir do final de 1968, culminou numa repressão sem precedentes. Marighella passou a ser apontado como Inimigo Público Número Um, transformando-se em alvo de uma caçada que envolveu, a nível nacional, toda a estrutura da polícia política.


Na noite de 4 de novembro de 1969 – há exatos 30 anos -- surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, Carlos Marighella tombou varado pelas balas dos agentes do DOPS sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.


Resumo biográfico1911 - No dia 5 de dezembro, Carlos Marighella nasce na Rua do Desterro número 9, na cidade de São Salvador, Estado da Bahia. Seus pais são o casal Maria Rita do Nascimento, negra e filha de escravos, e o imigrante italiano, o operário Augusto Marighella. Carlos teve sete irmãos e irmãs.1929 - Marighella começa a cursar engenharia civil na antiga Escola Politécnica da Bahia, depois de haver estudado no Ginásio da Bahia, hoje Colégio Central. Numa e noutra escola, destaca-se como aluno, pela alegria e criatividade. São famosas suas diversas provas em versos.1932 - Ingressa na Juventude Comunista.



O Partido Comunista havia sido criado em 1922. Com a revolução de 30 uma grande efervescência política varria o Brasil. Marighella participa de manifestações contra o regime autoritário e o interventor Juracy Magalhães. Inconformado com versos de Marighella que o ridicularizavam, Juracy manda prendê-lo e espancá-lo.1936 - Abandona o curso de engenharia e vai para São Paulo a mando da direção, reorganizar o Partido Comunista, que havia sido gravemente reprimido após o levange de 1935. É, porém, novamente preso e torturado durante 23 dias pela Polícia Especial de Felinto Muller.1937 - Marighella é libertado pela anistia assinada pelo ministro Macedo Soares e, quatro meses depois, Getúlio dá o golpe e instaura o Estado Novo. Na clandestinidade, Marighella é encarregado da difícil tarefa de combater as tendências internas dissidentes da linha oficial do PCB em São Paulo.1939 - Preso pela terceira vez, é confinado em Fernando de Noronha. Na cadeia, os revolucionários presos organizam uma universidade popular e Marighella dá aulas de matemática e filosofia.



1942 - Os presos políticos vão para a Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro, porque Fernando de Noronha passa a ser usada como base de apoio das operações militares dos aliados no Atlântico Sul.1943 - Na Conferência da Mantiqueira, Marighella, mesmo preso, é eleito para o Comitê Central. O Partido Comunista adota linha de apoio ao governo Vargas em razão da entrada do Brasil na guerra, posição de que ele discorda, embora a cumpra, por dever de militância.1945 - Anistia, em abril, devolve à liberdade os presos políticos. Com a vitória das forças antifascistas, o PCB vai à legalidade e participa da eleição para a Constituinte. Marighella é eleito como um dos deputados constituintes mais votados da bancada..1946 - Apesar do apoio de Prestes, o general Dutra, eleito Presidente da República, desencadeia repressão aos comunistas. Marighella participa ativamente da Constituinte com um dos redatores do organismo parlamentar. Conhece Clara Charf.1947 -Ainda no primeiro semestre é fechada a União da Juventude Comunista. Depois, é o próprio Partido que é posto na ilegalidade. Marighela coordena a edição da revista teórica do PCB, Problemas e vive um relacionamento com dona Elza Sento Sé, que resulta no nascimento, em maio de 1948, de seu filho Carlos. 1948 - No início do ano são cassados os mandatos dos parlamentares comunistas. Marighella volta à clandestinidade. Data desse ano seu romance com Clara Charf, sua companheira até o fim da vida.1949/1954 - Em São Paulo, Marighella cuida da ação sindical do PCB. Sob sua direção o PC se vincula aos operários, participa da campanha "O Petróleo é nosso" e organiza a greve geral conhecida como "dos cem mil" em 1953. Considerado esquerdista pela direção do Partido, é mandado em viagem à China. Lá é internado em razão de uma pneumonia. Depois, vai à União Soviética e volta ao Brasil em 1954.1955 - A morte de Getúlio Vargas e o início do governo de Juscelino Kubistchek permitem que os comunistas, embora na ilegalidade, atuem de modo mais visível.1956/1959 - O XX Congresso do PC da União Soviética inicia a desestalinização. O PCB adota a linha da "coexistência pacífica" pregada pela União Soviética. A vitória da Revolução Cubana, porém, contraria frontalmente as posições do movimento comunista internacional.1960/1964 - A renúncia de Jânio gera uma crise política. Jango toma posse e Marighella passa a divergir da linha oficial do PC, principalmente de sua política de moderação e subordinação à burguesia. Em 1962, divisão do PC dá origem ao Partido Comunista do Brasil - PC do B.1964 - Com o golpe de abril, instaura-se a ditadura militar. Perseguido pela polícia, Marighella entra num cinema do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, e lá resiste aos policiais até ser diversas vezes baleado, espancado e finalmente preso. Sua resistência transformou sua prisão em um ato político que teve repercussão nacional. É solto depois de 80 dias, depois de um habeas corpus pedido pelo advogado Sobral Pinto.1965 - Escreve e publica o livro "Por que resisti à prisão", em que aponta sua opção por organizar a resistência dos trabalhadores brasileiros contra a ditadura e pela libertação nacional e o socialismo.1966 - Publica "A Crise Brasileira", onde aprofunda suas posições críticas à linha do PCB, prega a adoção da luta armada contra a ditadura, fundada na aliança dos operários com os camponeses.1967 - Na Conferência Estadual de São Paulo as idéias de Marighella saem vitoriosas por ampla maioria - 33 a 3 -, apesar da participação pessoal e contrária de Luiz Carlos Prestes. Vendo que a derrota no VI Congresso era iminente, Prestes inicia um processo de intervenções nos Estados, para impedir a participação de delegados ligados à corrente de esquerda. Marighella viaja a Cuba para participar da conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade-OLAS. O PCB envia telegrama desautorizando sua participação e ameaçando-o de expulsão. Disso resulta uma carta dele rompendo com o Comitê Central do PCB e afirmando que ninguém precisa pedir licença para praticar atos revolucionários. Como represália, é expulso do Partido Comunista. Retorna ao Brasil e funda a Ação Libertadora Nacional-ALN e dá início à luta armada contra a ditadura militar.1968 - Marighella participa diretamente de diversas ações armadas recuperando fundos para a construção da ALN. No primeiro de maio, em São Paulo, os operários tomam o palanque de assalto, expulsam o governador Sodrée realizam comemorações combativas do dia internacional dos trabalhadores. O Movimento estudantil toma conta das ruas em manifestações contra a ditadura que chegaram a mobilizar cem mil pessoas. Em outubro, porém, o Congresso da UNE é descoberto pela polícia e os estudantes sofrem grave derrota. Também no final do ano, torna-se conhecido o fato de que Marighella comandava parte das ações guerrilheiras.1969 - No início do ano, a descoberta de planos da Vanguarda Popular Revolucionária - VPR pela polícia antecipa a saída do capitão Carlos Lamarca de um quartel do exército em Osasco, levando um caminhão carregado com armamento para a guerrilha. Em setembro o embaixador norte-americano é feito prisioneiro por um destacamento unificado com integrantes da ALN e do MR-8 e trocado por quinze presos políticos. No dia 4 de novembro, às oito horas da noite, Carlos Marighella caiu numa emboscada armada pelos inimigos do povo brasileiro em frente ao número 800 da alameda Casa Branca, em São Paulo, e foi assassinado. Sua organização, a ALN sobreviveu até 1974.

Crise mundial: o enterro do capitalismo


O mês de outubro, foi o mais assustador para os ditos proletários americanos, pois presenciam uma crise onde a criatura já devora o seu criador de forma a se constatar pelos jornais oficiais deste país império das nações exploradas. 240 mil americanos foram demitidos em outubro deste ano.
Este é o anuncio do funeral econômico que se prepara para jogar no olho da rua, mais um terço do proletariado americano.
É um ótimo momento para as nações se levantarem contra a opressão econômica e darem um fim a esta submissão que só tende a favorecer os senhores da guerra que se auto-denominam os donos do mundo.

“Nações oprimidas do mundo, uni-vos contra o monstro do norte!”

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Programa de TV da UJC de Alagoas!

Para os camaradas que ainda não assistiram, abaixo segue o link do programa da UJC usado durante as eleições para impulsionar o voto de legenda:

http://es.youtube.com/watch?v=M0mv5RmPtho

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Salvar os povos, não os bancos!

Vivemos uma crise estrutural do sistema capitalista. Não é o momento de acreditar no seu salvamento e sim de trabalhar pela sua transformação. Os povos latino-americanos viram-se obrigados, mais de uma vez, a socorrer os banqueiros à custa dos seus sofrimentos. É hora de mudar a história e não repetir o resgate dos financeiros. Nossa prioridade são as necessidades populares.

A crise económica que deriva da financeira e está em curso nestes dias pode prolongar-se por muito tempo. Não é possível estabelecer, com seriedade, o tempo que ela perdurará e a forma do seu desenvolvimento. Mas o que se pode dizer é que é a crise mais grave e mais profunda desde 1929/30, e propaga-se a uma velocidade muito maior que aquela por possuir um caráter totalmente global.

Há que dizer, além disso, que a crise econômico-financeira atual ocorre dentro de um contexto de múltiplas outras crises, como a dos alimentos, das matérias-primas, da energia, do ambiente e, também, de uma crise militar em que não se descarta a utilização de armas de destruição maciça.

A economia norte-americana, devido às suas três dívidas (privada, pública e com o exterior) encontra-se em risco de forte instabilidade. Sua hegemonia econômica está debilitada e questionada. Sua hegemonia geoestratégica sobrevive, ainda que haja sofrido reveses significativos. Pelas mesmas razões, o momento atual é particularmente perigoso para toda a humanidade uma vez que os EUA não renunciam à hegemonia e ao domínio unipolar nos diferentes campos. Esse país tenta inclusive manter sua hegemonia ideológica e cultural, que sem dúvida se vê afetada pelas contradições que surgem da mesma crise a nível interno e com os seus aliados.

A partir da crise, agudizar-se-á a contradição antagônica com o capitalismo à escala global. Abre-se um extenso período de convulsões cujos resultados estão abertos. As classes dominantes tentarão reconstituir o sistema com maiores níveis de exploração dos trabalhadores, os quais deverão fortalecer suas organizações para enfrentar essa agressão. A América Latina foi o subcontinente que maior resistência opôs ao neoliberalismo, cenário também de grandes rebeliões populares. A experiência social e política acumulada em alguns dos nossos países pode marcar um caminho na articulação dessa resposta necessária.

Os governos neoliberais e social liberais da nossa região, mesmo os chamados "progressistas", manterão sua crença na lógica do capital e sua intervenção procurará preservar o funcionamento do mercado capitalista e o domínio das empresas transnacionais que ocupam nossos territórios. Permitirão a quebra de uma ou outra grande empresa especulativa ou produtiva, mas intervirão imediatamente naquelas que possam por em risco da lógica do capital no âmbito do seu país. Isso significa que continuarão a permitir e ainda a promover a voracidade do lucro exigido pelos mencionados capitais. A crise fiscal do Estado aprofundar-se-á, reduzindo o investimento público a despesa social e os subsídios.

As referidas políticas incrementarão ainda mais o desemprego, a precariedade do trabalho, a redução de salários e pensões, com o que aumentarão a pobreza, a miséria e a exclusão social.

Entretanto, na América Latina há governos que, sem necessariamente colocar uma ruptura completa com o sistema do capital, tentam encontrar uma política capaz de enfrentar de maneira diferente as inevitáveis conseqüências da crise mundial nos seus países.

Em qualquer destas circunstâncias os trabalhadores e os movimentos sociais devem conquistar e preservar sua independência frente aos Estados e lutar decididamente contra as políticas antipopulares que pretendem transferir os custos da crise do capital para o trabalho e dos países centrais para os periféricos.

Por isso necessitamos definir uma agenda de política econômico-social dentro de uma estratégia de sobrevivência e resistência dos sectores populares, em particular dos trabalhadores, para o difícil período que se avizinha, acompanhada de uma ofensiva ideológica contra o sistema capitalista que mostra com esta crise sua incapacidade absoluta para atender as necessidades dos nossos povos. Propomos então este conjunto de medidas de política econômica:


1- É urgente e indispensável a custódia da banca privada que, dependendo de cada país, pode ser por controle, intervenção ou nacionalização sem indenização, seguindo o princípio de não estatizar dívidas privadas nem voltar a transferir esses ativos para mãos privadas.

2- Controle e bloqueio da saída de capitais, evitando a sua fuga.

3- Centralização e controle cambial com política de câmbios múltiplos e diferenciados.

4- Moratória e imediata auditoria da dívida pública, libertando recursos para atender às necessidades sociais. 5- Controle de preços dos produtos básicos.

6- Manutenção e recuperação dos salários reais dos trabalhadores, associado a duma política de tributação progressiva que afete o capital e sobretudo a especulação.

7- Políticas de proteção e incentivo ao mercado interno e às atividades econômicas com alta geração de emprego. Para essa finalidade o investimento público desempenha um papel fundamental.

8- Seguro de desemprego e políticas de proteção social aos trabalhadores desempregados e informais.

9- Re-estatização das empresas estratégicas. Nacionalização das grandes empresas privadas em processo de quebra. Recuperação do controle nacional dos recursos naturais.

10- Uma integração regional que atenda aos interesses dos nossos povos e não aos do capital.
Tais medidas imediatas constituem uma resposta ao drama social que a crise impõe e iniciarão transformações que, para se realizarem plenamente, exigem avançar rumo a um horizonte socialista. Salvar os povos, não os bancos, este é o objetivo da Sociedade Latino-americana de Economia Política e Pensamento Critico frente à crise e suas conseqüências sociais. Buenos Aires, aos 23 dias de Outubro de 2008.


Junta Diretiva da SEPLA [*] Declaração da Sociedad Latinoamericana de Economía Política y Pensamiento Crítico perante a crise económica mundial.


Fonte: http://resistir.info/ .

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

09 de Outubro: Ernesto Guevara vive!


"as tantas rosas que os poderosos matem jamais conseguirão deter a primavera"

• "O Che... é um dos homens mais nobres, mais extraordinários e mais desinteressados que conheci, o qual não teria importância se a gente não acredita que homens como ele existem aos milhões, milhões e milhões nas massas.
Os homens que se destacam de forma singular não poderiam fazer nada se muitos milhões, iguais a ele, não tivesem o embrião ou não tivessem a capacidade de adquirir essas qualidades. Por isso, nossa revolução interessou-se tanto por lutar contra o analfabetismo e por desenvolver a educação, para que todos sejam como o Che."
Comentário de Fidel nas conversações com Ignacio Ramonet •

domingo, 5 de outubro de 2008

Duas aldeias da Estônia proclamaram o restabelecimento da República Socialista Soviética


Duas aldeias da Estônia proclamaram o restabelecimento da República Socialista Soviética da Estônia e pediram à Rússia seu reconhecimento, informou o site web da organização regional Comunistas de São Petersburgo.

Os partidários da República da Estônia já estão a recolher as assinaturas nos respetivos documentos sobre a independência, que entregarão às autoridades russas para fechar um acordo de amizade a ajuda mútua.

A decisão de separar-se da Estônia burguesa foi tomada pelos campesinos Andres Tamm e Aine Saar, as aldeias dos quais se encontram no nordeste do país, cerca da fronteira com a Rússia”, comunica o citado site web.
“Não queremos morar mais na Estônia burguesa, onde a ninguém se importa o destino de um cidadão , onde cortam a floresta, imperam o desemprego e corrupção, e onde dirigem a OTAN e os norte-americanos”, disse Tamm ( não de origem russa). Os vizinhos de duas aldeias formaram seu Governo soviético , a onde incorporaram vários comunistas russos, convidados à ”Republica Soviética da Estônia”. Também foi formada a polícia popular com objetivo de defender a república.


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PISCINA OU ESGOTO?

Segundo estudantes mais antigos do CEPA/CEAGB, maior complexo educacional da América - Latina, a cerca de 10 anos que a piscina do complexo encontra-se abandonada, sendo utilizada apenas para procriação de diversas espécies de rãs e como reservatório de bactérias, cavidade acumuladora de lodo e todo tipo de lixo, Ratos mortos, entre outras coisas diretamente ligadas ao submundo da imundície, sem contar o mato que prolifera-se em suas podres margens. "Para onde estão sendo extraviados os recursos destinados ao bem estar desse centro educacional?" Essa é uma, entre uma infinidade de indagações feitas freqüentemente pelos estudantes do complexo, pobres vítimas de uma gestão que claramente não cumpre seu real papel que seria o de zelar pelos interesses da classe estudantil.
Não é com ar de triunfo e muito menos por motivo de orgulho, que exibimos aqui as fotos da piscina do Cepa, que mais parece uma fração do Riacho Salgadinho, mais sim motivados pela indignação e vergonha!
E não é a primeira vez que a UJC vem a público denunciar o sucateamento do CEPA, já o fizemos nos utilizando da imprensa burguesa em algumas ocasiões e em diversas outras postagens feitas aqui mesmo em nosso Blog, onde denunciamos e reclamamos soluções por parte da direção geral que até então tem se mostrado indiferente, explodindo bombas de apatia quando as necessidades dos estudantes são postas em pauta.

Em fim, viemos por meio deste, mais uma vez, expor e enfiar o dedo nas velhas feridas pútridas do CEPA e reclamar que os problemas do complexo sejam solucionados.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Homenageado da semana: GEORGE CABRAL

George Cabral foi um jornalista comunista altamente combativo. Tal como André Papini, originário de uma família católica de Maceió. Jamais calou.

Após a cassação do registro do PCB, recusou-se a sair de Maceió. A polícia o prendeu várias vezes, chegando a prende-lo com o Habeas corpus preventivo no bolso, exibido à cada voz de prisão que lhe era dada pelos tiras alagoanos. Nem mesmo o HC preventivo era respeitado pela reação alagoana. De tal forma, que foi instado a abandonar Maceió, dirigindo-se ao Rio de janeiro, onde passou a atuar. Agora na clandestinidade.

Como jornalista culto de texto ímpar, foi convidado a atuar na Rádio de Fraga, deslocando-se para lá com os filhos e esposa.

Em 1969 retornou ao Brasil . Desempregado, e com dificuldades de trabalho face a sua condição de comunista combativo, certa vez recusou a receber da Globo um cheque de cinco mil cruzeiros para conceder uma entrevista caluniando o Leste Europeu, notadamente Tchecoslováquia, onde viveu por longos anos. Nessa época, encontrava-se ameaçado de despejo por ter atrasado em mais de três meses o aluguel.

Faleceu em 1970, o coração cansado, esmagado pela repressão policial, enfraquecido pelos perigos e por perseguições policiais que nunca amenizaram-se em relação a ele.

George Cabral foi um desses intelectuais incorruptíveis, combatente firme e destemido, que fez época em Maceió quando ainda jovem, integrante da Juventude Comunista (UJC). Merece firmar-se no Panteon da memória dos comunistas alagoanos inesquecíveis.


(Texto escrito por Laudo Braga)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

ALTERNATIVA SOCIALISTA NAS URNAS! (PCB/PSTU)

21.123 ou Faça um 21

Esse é um momento ímpar na conjuntura política de Alagoas, especialmente nas eleições para vereadores em Maceió, principal termômetro eleitoral para disputa nas eleições de 2010, quando os grupos políticos tradicionais (conservadores) manterão seus tentáculos nos poderes locais, guiandos os curraleiros de seus "apadrinhados" políticos de mando.


Portanto, é possível mudar tudo isso, colocando, na Câmara Municipal de Maceió, pessoas capazes de fazer o debate dos problemas mais básicos da população, sem se colocar na esfera da subserviência instituicional, tendo aquela arena como palco dos anseios mais fundamentais de uma populaçaõ carente de cidadania.


Coloque no Poder Legislativo Municipal, parlamentares verdadeiramente comprometidos com a probidade administrativa, transparência, publicidade, fiscalização e propositores de projetos polêmicos, que nortearão grandes debates em toda a sociedade maceioense.

Homenagem: NELITO NUNES DE CARVALHO (Histórico)

Foi um dos dirigentes mais competentes que já passaram em Alagoas. Um jovem, oriundo da União da Juventude Comunista, nasceu em Aracajú-Se, onde atuou durante um longo tempo.
Veio substituir Jayme Miranda, que antes do golpe militar de 64, atuava entre Recife e Manaus.

A principal tarefa de Nelito foi reestruturar o jornal do Partido A voz do Povo.

Mediante uma campanha entre amigos e militantes, reaparelhou as fontes de tipos, reduzidas em seu acervo pelas sucessivas invasões e empastelamentos após a cassação dos mandatos comunistas, regularizou a circulação semanal do jornal e compartilhou as seções: Redação, Tesouraria, Administração em salas isolada; O jornal assumiu outro aspecto.

Mobilizou todo o Partido em torno da direção; Fez ampliação das bases partidárias, principalmente aqueles com maior número de membros como as de Ponta Grossa, Jaraguá, Ponta da Terra e Vergel. Reangariou a confiança dos militantes que durante a repressão após o fechamento do Partido haviam afastado-se. Organizou o Partido em Penedo, Pão de Açucar, Delmiro Gouveia e principalmente Piassabussu, dentre outras cidades onde a organização voltou a funcionar.

Era um jovem brilhante, viveu na clandestinidade em Maceió, casado recentemente com uma jovem militante sergipana.

Um dos seus feitos principais, foi organizar o movimento dos pescadores, cuja colônia de Pajuçara marcou época nas reinvidicações da categoria. Apoiara-se no trabalho dedicado de um velho combatente pescador, ligado a Colônia e excelente organizador.

Embora pouco conhecido na Cidade de Maceió, dada sua condição de Sergipano, foi candidato a deputado estadual obtendo expressiva votação, embora não tenha sido eleito.
Restaurou o Partido entre os intelectuais, amigos, engenheiros, advogados e outros profissionais, os quais haviam se afastado, passando a contribuir regularmente com o PCB.Nelito marcou época na direção partidária. Foi um organizador mais competente do que o Alfred Richtman, que abandonou a condição de gerente do Banco Inglês, no Recife, para mergulhar na clandestinidade do trabalho partidário, tendo sido assistente do Partido em Maceió no período do Impeachemant de Muniz Falcão.
(Biografia escrita pelo comunista Laudo Braga, na foto ao lado.)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Calendário de atividades da UJC deste mês de setembro

Dia 04/09/08: exibição do filme pixote na escola Laura Dantas (CEPA) as 10: 00hs

Dia 05/09/08: passeata do grito dos excluídos as 8: 00hs

Dia 12/09/08: panfletagem dos nossos candidatos no CEPA as 18: 00hs

Dia 15/09/08: panfletagem dos nossos candidatos na UFAL ( o dia todo )

Dia 17/09/08: exibição do filme Lamarca na escola Laura Dantas as 10: 00hs

OBS: calendário sujeito a alterações.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Juventude Comunista presente no ''Dia do Grito''!


Tendo como tema deste ano, a vida em primeiro lugar, o 14° grito dos excluídos foi uma resposta contra os que infligem, os direitos humanos e tentam barrar a participação popular nas decisões políticas de interesse coletivo em nossa sociedade, foram recolhidas centenas de assinaturas contra a candidatura de políticos com ficha suja, além de as organizações presentes reafirmarem que a reforma agrária, é a melhor saída para o fim dos aumentos abusivos nos preços dos alimentos de primeira necessidades.
A Juventude Comunista, esteve presente dando sua parcela de contribuição ideológica, presente até o final do evento que concentrou na praça Deodoro, e percorreu as principais ruas do centro de nossa capital, vindo a se encerrar na praça dos martírios com uma enorme ciranda, e onde houve uma apresentação cultural dos movimentos negros mostrando um pouco da história da resistência dos povos afros aqui no Brasil.


Fotos da passeata O grito dos excluídos, ocorrida em 05/09/08.

Durante a concentração na Praça deodoro



Juventude Comunista durante a passeata


Juventude comunista durante a passeata (2)

Juventude comunista durante a passeata (3)


Fim da passeata na Praça dos Palmares
Apresentação de grupo teatral

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cine Laura Dantas! (CEPA)





Exibição de Filme seguido de debate acerca dos temas abordados pelo mesmo.


Filme: O PIXOTE
DATA: 04/09
Horário: 10: 00hs (manhã)
Local: sala de vídeo do colégio Laura Dantas



Sinopse do filme: Pixote (Fernando Ramos da Silva) foi abandonado por seus pais e rouba para sobreviver nas ruas. Ele já esteve internado em reformatórios e isto só ajudou na sua "educação", pois conviveu com todo o tipo de criminoso e jovens delinqüentes que seguem o mesmo caminho pelo simples fato de também não terem tido escolha. Ele sobrevive se tornando um pequeno traficante de drogas, cafetão e assassino, mesmo tendo apenas onze anos. O filme mostra explícitamente como o sistema no qual vivemos cria suas mazelas e depois precisam eliminá-las, num fluxo contínuo.


Organização: UJC & Grêmio Estudantil Carlos Marighella